A hérnia umbilical em crianças tem o conceito de ser a saída de conteúdo intra-abdominal por uma protusão na parede abdominal. Localizado na região da cicatriz umbilical. Sabe-se que a maioria das hérnias umbilicais infantis se resolverem de maneira espontânea entre a idade dos 4 - 5 anos, há situações específicas que podem exigir intervenção cirúrgica, inclusive, de forma urgente. A escolha de realizar a cirurgia envolve alguns critérios como: o tamanho do defeito, a presença de sintomas e o risco de encarceramento. Logo, o objetivo deste estudo é revisar e incorporar os critérios atualizados de indicação cirúrgica para este problema frequente na infância. A metodologia utilizada foi uma pesquisa nas bases de dados PubMed, Scopus e Cochrane, utilizando os termos "hérnia umbilical", "crianças", "indicações cirúrgicas", e os seguintes critérios de inclusão: estudos publicados entre 2018 e 2023, com foco na indicação cirúrgica para hérnia umbilical infantil. Foram selecionados o total de 27 artigos que atendiam aos critérios de inclusão, consistindo de ensaios clínicos, revisões sistemáticas, estudos de coorte e relatos de caso. Os resultados avaliados na pesquisa mostrou que o tratamento da hérnia umbilical em crianças costuma ser conservador nos primeiros anos de vida, ou seja, apresenta altas taxas de fechamento espontâneo. No entanto, os critérios mais aceitos para a indicação cirúrgica incluem: Dimensão do defeito herniário; Idade da criança; Complicações como aprisionamento ou estrangulamento são uma das indicações que se sobressaem em cirurgias de urgência - mesmo sendo uma condição rara; Sintomas como dor, desconforto e indícios de infecção local ou distensão abdominal são também considerados; Fatores estéticos e funcionais, especialmente, em crianças em idade escolar; Fatores familiares e comorbidades, com destaque para a síndrome de Down. Como conclusão, a análise integrativa revela que a maioria das hérnias umbilicais em crianças costuma desaparecer naturalmente nos primeiros anos de vida, principalmente em situações de defeitos pequenos, isto é, inferiores a 1,5 centímetros. No entanto, a cirurgia é recomendada para crianças com hérnias maiores que 2 centímetros, acompanhadas de sintomas ou em situações de complicações. A idade de 4 a 5 anos é fortemente mencionada como o limite para a decisão de cirurgia em casos de hérnias que não se resolvem espontaneamente. Fatores como inquietações estéticas e a existência de comorbidades também podem afetar a recomendação da intervenção cirúrgica. Portanto, conclui-se, que a escolha pela cirurgia deve ser individualizada, considerando diversos fatores, sempre visando o melhor resultado possível e evitando riscos desnecessários. Outros estudos devem ser desenvolvidos com a finalidade de validar critérios adicionais que auxiliarão na personalização do tratamento para diferentes perfis de pacientes.
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Thiago Ruam Nascimento
gabriel jose lopes
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