Introdução:A trombose venosa profunda (TVP) é uma condição comum e potencialmente grave, caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos nas veias profundas, geralmente nas pernas. Quando não diagnosticada ou tratada adequadamente, a TVP pode resultar em complicações severas, como a embolia pulmonar (EP), que pode ser fatal, ou na síndrome pós-trombótica, uma condição crônica que causa dor, inchaço e ulcerações nas pernas. O manejo da TVP tem tradicionalmente envolvido anticoagulação para prevenir o crescimento do coágulo e novas formações, com o uso da heparina e, posteriormente, da varfarina. No entanto, com o advento de novos anticoagulantes orais diretos (DOACs) e técnicas endovasculares como a trombólise dirigida por cateter e a colocação de filtros de veia cava, o tratamento tem se tornado mais eficaz e menos invasivo. Estas inovações foram incorporadas às novas diretrizes clínicas que buscam melhorar o prognóstico e minimizar complicações.. Metodologia :Foi realizada uma revisão de diretrizes clínicas recentes e ensaios clínicos que avaliam a eficácia de anticoagulantes diretos (DOACs), bem como o uso de dispositivos endovasculares no manejo da TVP. A pesquisa incluiu estudos randomizados e revisões sistemáticas publicados nos últimos cinco anos..ResultadosAs novas diretrizes recomendam que os DOACs, como rivaroxabana, apixabana e dabigatrana, sejam usados como terapia de primeira linha para TVP, devido ao seu perfil de segurança superior, eficácia comparável à varfarina e menor necessidade de monitoramento laboratorial frequente. Além disso, os DOACs apresentaram menor risco de hemorragias intracranianas em comparação com anticoagulantes tradicionais. A trombólise dirigida por cateter tem se mostrado uma técnica eficaz em pacientes com TVP extensa, reduzindo o risco de síndrome pós-trombótica e promovendo a recanalização precoce da veia. Essa técnica, no entanto, deve ser reservada para casos de TVP grave, dado o risco de complicações hemorrágicas associadas ao procedimento. Já o uso de filtros de veia cava inferior, historicamente indicado para pacientes com contraindicação absoluta à anticoagulação, deve ser cuidadosamente considerado, uma vez que pode aumentar o risco de TVP recorrente a longo prazo, se não for removido Estudos recentes também sugerem que a abordagem individualizada no manejo da TVP, considerando fatores de risco específicos do paciente, como idade, comorbidades e o risco de sangramento, é essencial para otimizar os resultados clínicos. .Conclusão: O manejo da TVP tem evoluído com a adoção de DOACs como tratamento padrão e o uso criterioso de dispositivos endovasculares, como a trombólise dirigida por cateter. Embora essas terapias melhorem os resultados em certos subgrupos de pacientes, a personalização do tratamento com base nas características individuais de cada paciente é essencial para otimizar o manejo. A continuação de estudos comparativos ajudará a refinar ainda mais as melhores práticas para o manejo da TVP.
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