Introdução: A ansiedade é a disfunção emocional que mais aflige a qualidade de vida humana e modelos animais que mimetizam este comportamento são bastante importantes para avaliação do efeito de diferentes substâncias. A cafeína é um dos agentes psicoativos ansiogênicos mais populares, estando empregado em diversos itens do consumo diário tais como o café, chás, chocolate, dentre outros. Objetivo: Realizar análises comportamentais comparativas em modelo animal com base genética de ansiedade, quando submetidos a doses controladas de cafeína. Métodos: Ratos Wistar machos com alta (CAC) e baixa (CBC) taxa de congelamento em relação aos animais controles foram submetidos a tratamento com cafeína (0.3 mg/mL, oral) ou água por duas semanas. Os animais foram submetidos a testes comportamentais para avaliar memória e ansiedade. Avaliamos o fenótipo tipo ansioso (labirinto em cruz elevado e campo aberto), a memória declarativa (reconhecimento de objetos) e de habituação (campo aberto). O presente estudo foi aprovado no comitê de ética da UFF (803/2016). Resultados: Por meio do teste labirinto em cruz elevado, observamos que os animais CAC ficaram menos tempo nos braços abertos em relação aos demais, porém a cafeína não foi capaz de modificar esta resposta nos diferentes grupos. O teste de campo aberto corroborou a cafeína como sendo um modulador do fenótipo ansioso nos animais CAC e CBC. O teste de reconhecimento de objeto demonstrou que os grupo CAC, CTL e CBC com cafeína obtiveram uma melhora na memória, visto que estes gastaram mais tempo no objeto novo do que no familiar. Conclusões: Os dados sugerem que, na dose utilizada, a cafeína não teve efeito ansiogênico e conseguiu induzir a uma melhora cognitiva nos diferentes grupos.
Suporte Financeiro: CNPq, FAPERJ e CAPES
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