Introdução: A esquizofrenia (SCHZ) é uma doença crônica constituída pela combinação de 3 tipos de sintomas: positivos, negativos e cognitivos. As hipóteses dopaminérgica e glutamatérgica são propostas consistentes para explicar a fisiopatologia da doença. Objetivo: Validar um modelo farmacológico glutamatérgico para induzir alterações comportamentais características da SCHZ e verificar a atenuação destes pela administração de droga antipsicótica atípica (olanzapina). Metodologia: A fenciclidina (PCP), um antagonista glutamatérgico, foi administrada (s.c.) nas doses de 5, 10 ou 20mg/kg (PCP05, PCP10 e PCP20 respectivamente), aos 7, 9 e 11 dias de vida pós-natal (PN), em camundongos C57BL/6, machos e fêmeas. Utilizamos dois grupos adicionais: CONTROLE e NAIVE. Assim, os animais foram separados nos seguintes grupos: NAIVE (7 fêmeas e 7 machos), CONTROLE (5 fêmeas e 12 machos), PCP05 (9 fêmeas e 8 machos), PCP10 (11 fêmeas e 13 machos), PCP20 (11 fêmeas e 13 machos). Em PN48, os animais de cada grupo são subdivididos em 2: o grupo tratado com olanzapina (0,25mg/kg, s.c.), para averiguar a reversão dos sintomas associados a SCHZ, e o grupo salina. Os animais são então submetidos ao teste do campo aberto (CA). Resultados: No teste do CA houve um aumento da atividade locomotora provocada pela menor dose de PCP (2.794cm) quando comparado ao grupo controle (2.375cm), sendo a hiperatividade anulada pela Olanzapina (1.048cm). Conclusão: Nossos dados preliminares sugerem que a menor dose de PCP (5mg/kg) foi capaz de promover uma alteração comportamental característica da SCHZ, a hiperatividade, representando os sintomas positivos encontrados em humanos.
Comissão Organizadora
Ciências e Cognição
Comissão Científica