Este artigo realizou uma análise da personagem Boa-Vida na obra Capitães da Areia de Jorge Amado, utilizando os princípios da Análise Funcional. O objetivo central foi compreender as relações interpessoais de Boa-Vida com os outros meninos de rua, explorando como essas interações e suas consequências moldaram seus comportamentos, especialmente no que tange à sua sexualidade. A análise funcional permitiu identificar como as contingências sociais e individuais influenciaram o desenvolvimento de sua identidade e papel no grupo, demonstrando que suas ações são reforçadas pelo ambiente de privações e liberdade em que vive. Embora o foco estivesse nas relações homoafetivas, Boa-Vida também mantinha interações com mulheres, refletindo sua identidade como "malandro" e sua busca por prazer e aventura. A obra, sendo um reflexo de seu tempo, apresenta aspectos machistas que evidenciam os tabus sociais e as dificuldades enfrentadas por jovens em situação de vulnerabilidade. A pesquisa concluiu que a obra de Jorge Amado oferece uma perspectiva crítica sobre a exploração sexual e o tratamento da sexualidade dos marginalizados, contribuindo para uma análise mais ampla das dinâmicas identitárias e sociais na literatura e na sociedade.
Comissão Organizadora
RAUIRYS ALENCAR DE OLIVEIRA
Tales Antão de Alencar de Alencar Carvalho
Gustavo Oliveira de Meira Gusmão
IVONEIDE PEREIRA DE ALENCAR
Antonio Gutemberg de Castro Ribeiro Neto
Samaira Cristina Souza Chagas
RAMALHO JOSÉ FERREIRA LEITE
Adriano Silva
ANA CAROLINA PINHEIRO DA SILVA
JAINE MARIA SILVA PARENTES
Florisa Rocha
Amanda Martins Veloso de Sousa
PEDRO PIO FONTINELES FILHO
Leidaiane do Nascimento Pereira
Mario de Sousa Oliveira
Andréa Conceição Gomes Lima
Marcos Assuero da Silva Cruz
Comissão Científica