Rivalização geopolítica mundial e fragmentação geoeconômica: o novo paradigma em curso

Rivalização geopolítica mundial e fragmentação geoeconômica: o novo paradigma em curso

• Autor
• Luis Diego Soares
• Resumo

• Em nossa pesquisa constatou-se a implementação de uma geoestratégia de “cinturão sanitário” separando a Alemanha da Rússia e a Rússia da China (Fiori, 2007). Mas é somente na segunda década do século XXI que ocorre a redefinição da “grande estratégia” americana, em 2011, ao estabelecer as forças políticas e militares dos EUA na região da Ásia-Pacífico, estratégia conhecida como “pivô asiático”, que busca conter a China (Baracuhy, 2021; Carmona, 2019; Rodrigues, 2023).

  Do lado chinês, a politica externa chinesa acaba por anunciar, em 2013, o projeto da “Nova Rota da Seda” ou “BRI” (Bealt and Road Iniciative), em resposta a estratégia americana do “pivô asiático” de 2011 (Baracuhy, 2021; Silva, 2019).

  No ano de 2018 surge uma nova morfologia no mapa geopolítico dos EUA, com a extensão da Ásia-Pacífico para o Indo-Pacífico, devido a reativação do QUAD (Diálogo Quadrilateral de Segurança) em 2017, tornando a Índia um importante aliado americano para conter a China (Baracuhy, 2021; Rodrigues, 2023; Silva, 2019); e a deflagração em 2018 de uma “guerra comercial” e de uma “guerra tecnológica” entre China e Estados Unidos na luta pela liderança da Quarta Revolução Industrial (Baracuhy, 2021; Carmona, 2019; Silva, 2019) e da hegemonia mundial nas próximas décadas do século XXI.

  A grande ascensão chinesa e a Guerra Russo-Ucraniana de 2022 são indícios da crise da hegemonia norte-americana, e apontam para um cenário de intensificação da rivalização geopolítica mundial entre os Estados Unidos e seus aliados e o bloco asiático de China-Rússia-Irã.

   

• Palavras-chave
• Geopolítica, Rivalização geopolítica, Geoeconomia
• Modalidade
• Exposição
• Área Temática
• PIBIC-Ciências Humanas