A ANCESTRALIDADE EM ''ÁGUA DE BARRELA'' DE ELIANA ALVES CRUZ

A ANCESTRALIDADE EM ''ÁGUA DE BARRELA'' DE ELIANA ALVES CRUZ

• Autor
• Kelvin Igor Araujo Santos
• Co-autores
• Assunção de Maria Sousa e Silva
• Resumo

• A pesquisa investigou as marcas de ancestralidade na obra "Água de Barrela" (2018) de Eliana Alves Cruz, com foco em como essas marcas contribuíram para a valorização da identidade negra e da cultura afrodiaspórica à luz da cosmovisão africana. O estudo examinou como a ancestralidade fora representada e evocada para garantir a preservação e a identidade cultural-histórica das personagens, além de desafiar paradigmas estéticos coloniais que prevaleceram por gerações na literatura brasileira. Para isso, foi adotada uma abordagem qualitativa, descritiva e reflexiva explorando os aspectos da ancestralidade, supravivência e decolonidade para a análise crítica da estrutura narrativa e dos elementos simbólicos presentes na obra, com base em paratextos como capa, fotografias e a árvore genealógica, bem como as seções textuais principais. Os resultados indicam que "Água de Barrela" revisita e reconfigura perspectivas históricas e culturais marginalizadas, oferecendo uma visão histórica da diáspora e das comunidades negras ao integrar tradições e valores africanos em suas práticas culturais. A obra atua como um espaço de resistência cultural e descolonização, promovendo a valorização da relação entre passado e presente para a consolidação de uma identidade ancestral. Nesse contexto, a linhagem matrilinear dos Sangokunle, protagonistas da narrativa, qualifica-se como um elemento de interconexão entre a África e o Brasil, ao destacar a importância das mulheres afro-brasileiras na transmissão oral de saberes e histórias.

• Palavras-chave
• Ancestralidade, Cosmovisão africana, Literatura afro-brasileira.
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• PIBIC-Linguística, Letras e Artes