A sexualidade é essencial para a saúde e bem-estar, mas muitas vezes é negligenciada em pessoas com lesão medular (LM), especialmente em mulheres. Este estudo teve como objetivo analisar a produção científica global sobre o impacto da LM nos aspectos biopsicossociais da sexualidade feminina. Foi realizada uma revisão de literatura seguindo as diretrizes do Manual Cochrane. As buscas ocorreram nas bases de dados Pubmed, Scielo, MedLine e Lilacs, entre agosto e dezembro de 2023, utilizando os descritores spinal cord injury, women e sexuality. Foram identificados 233 artigos, restando 29 para análise final. Os estudos, publicados entre 1978 e 2022, incluíram 2.244 mulheres, com idades entre 18 e 78 anos, sendo 58% casadas ou em união estável. A maioria das LM foi causada por acidentes de trânsito, com tempo de lesão variando entre 10 meses e 45 anos. A disfunção sexual foi relatada em 63,3% a 87,6% das participantes, incluindo dificuldades em atingir orgasmo, lubrificação e mobilidade durante o ato sexual. As mulheres também enfrentaram desafios psicológicos relacionados à autoestima e à imagem corporal, afetando o desejo e a qualidade das relações. A dependência de outras pessoas para atividades diárias influenciou negativamente a frequência sexual. Muitas relataram falta de orientação adequada durante a reabilitação. Conclui-se que apoio emocional e comunicação aberta são cruciais para a qualidade de vida sexual, além da necessidade de reabilitação sexual com orientação apropriada.
Comissão Organizadora
RAUIRYS ALENCAR DE OLIVEIRA
Tales Antão de Alencar de Alencar Carvalho
Gustavo Oliveira de Meira Gusmão
IVONEIDE PEREIRA DE ALENCAR
Antonio Gutemberg de Castro Ribeiro Neto
Samaira Cristina Souza Chagas
RAMALHO JOSÉ FERREIRA LEITE
Adriano Silva
ANA CAROLINA PINHEIRO DA SILVA
JAINE MARIA SILVA PARENTES
Florisa Rocha
Amanda Martins Veloso de Sousa
PEDRO PIO FONTINELES FILHO
Leidaiane do Nascimento Pereira
Mario de Sousa Oliveira
Andréa Conceição Gomes Lima
Marcos Assuero da Silva Cruz
Comissão Científica