Uma leitura simbólica do processo de individuação na obra O Castelo Animado, de Hayao Miyazaki

Uma leitura simbólica do processo de individuação na obra O Castelo Animado, de Hayao Miyazaki

• Autor
• Franciele Visgueira de Souza
• Co-autores
• José Wanderson Lima Torres
• Resumo

• Este trabalho explora o processo de individuação da personagem Sophie no filme O Castelo Animado (2004), dirigido por Hayao Miyazaki, com um enfoque narrativo, simbólico e arquetípico. Alinhado aos campos da Literatura Comparada e da Psicologia Analítica, o suporte teórico fundamenta-se nas obras de Carl G. Jung (2002), M.L. Von Franz (2016), Murray Stein (2020), Maureen Murdock (2022) e Joseph Campbell (1997). A hipótese central é que a jornada de Sophie simboliza não apenas o crescimento pessoal, mas também a capacidade de resiliência diante de adversidades externas. O objeto de estudo é a representação visual e narrativa das transformações de Sophie ao longo da trama. A metodologia adotada é qualitativa e descritiva, baseada em uma revisão bibliográfica e na análise de elementos visuais e sonoros da obra. Além disso, o estudo propõe um diálogo entre arte e literatura, ampliando as possibilidades interpretativas em diversos contextos narrativos e investigando um código semiótico misto (discurso verbal, imagem, som, cores), integrando recursos dos estudos de cinema, mitocrítica, narratologia e psicologia junguiana, evidenciando como essas áreas se interconectam para simbolizar o amadurecimento e o crescimento interior da protagonista. Os resultados revelam a presença de elementos que simbolizam a integração do consciente com o inconsciente, a dualidade entre anima e animus, e o conflito com a sombra reprimida por meio da autoimagem. No desfecho de sua jornada, Sophie alcança um estado de individuação em que essas dimensões coexistem harmoniosamente.

• Palavras-chave
• Literatura Comparada, O Castelo Animado, individuação, animação
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
• PIBIC-Linguística, Letras e Artes