PARIR DEUSES: O DELÍRIO E O DELÍRIO DA PERSEGUIÇÃO EM MARÍA ZAMBRANO

PARIR DEUSES: O DELÍRIO E O DELÍRIO DA PERSEGUIÇÃO EM MARÍA ZAMBRANO

• Autor
• Tales Pinto da Silva
• Resumo

• O trabalho teve como objetivo fundamental investigar o tema do delírio e, especificamente, o delírio da perseguição no pensamento de María Zambrano, principalmente a partir da obra El hombre y lo divino (1953). A pesquisa foi orientada pela análise de como esses o delírio e o delírio da perseguição se relacionam com o sagrado e o divino, sobretudo com o nascimento dos deuses na cultura humana. Em El hombre y lo divino, Zambrano investiga a relação profunda entre o ser humano e o sagrado, considerado por Zambrano o fundo último da existência. Dessa situação inicial surge uma necessidade iniludível de enxergar algo, ou seja, chegar a conhecer verdadeiramente o mundo, que até então aparece como pura ocultação. Aí surge o primeiro delírio, e por isso o mais decisivo, o delírio da perseguição, no qual o humano se sente constantemente perseguido e não sabe pelo quê. Logo, o ser humano passa a perseguir esse outro radical e, sofrendo do delírio da perseguição, dá a luz aos deuses, a esfera intermediária do sagrado-humano. Desse modo, a partir de El hombre y lo Divino, compreende-se como o divino se constitui em uma máscara do sagrado, para dar rosto e nome à oculto. Ademais, esse delírio se faz comunicação do humano com o transcendente, mediando a luta entre o sagrado obscuro e a luz divina. Em suma, parir deuses através do delírio se torna uma fundação cultural humana, a partir do qual as huamnidades se organizam entre o sagrado, o divino e o humano.

• Palavras-chave
• Delírio da Perseguição; Sagrado e Divino; María Zambrano
• Modalidade
• Vídeos
• Área Temática
• PIBIC-Ciências Humanas