O artigo analisa a novela gráfica Mensur (2017), de Rafael Coutinho, observando de que forma os enquadramentos, traços e a oposição entre luz e sombra influenciam no desenvolvimento estético-narrativo da obra. Para fundamentar a pesquisa foram utilizados os pressupostos de Cagnin (1975), Eisner (2005) e McCloud (1995; 2008). A obra de Coutinho apresenta um dinamismo narrativo produzido pela utilização de uma variedade de enquadramentos e também através das ilustrações ao longo da página, que surgem de forma aparentemente aglutinadas. Dessa forma, têm-se a impressão de que um desenho se origina a partir do outro, produzindo um efeito estético próprio e que está em consonância com os fatos narrados na trama. Em relação aos traços e a constituição das ilustrações, o quadrinista prioriza o uso de um estilo realista que transmite com maior efetividade as emoções do protagonista. Contudo, ele também utiliza traços mais estilizados que transmitem de modo mais satisfatório a complexidade psicológica do personagem, bem como trazem um diferencial à estética visual em certas ocasiões da história. Por fim, a relação desses traços com a composição de branco (luz) e preto (sombra) em alguns enquadramentos reflete os dilemas e ambiguidades da vida do protagonista.
Comissão Organizadora
RAUIRYS ALENCAR DE OLIVEIRA
Tales Antão de Alencar de Alencar Carvalho
Gustavo Oliveira de Meira Gusmão
IVONEIDE PEREIRA DE ALENCAR
Antonio Gutemberg de Castro Ribeiro Neto
Samaira Cristina Souza Chagas
RAMALHO JOSÉ FERREIRA LEITE
Adriano Silva
ANA CAROLINA PINHEIRO DA SILVA
JAINE MARIA SILVA PARENTES
Florisa Rocha
Amanda Martins Veloso de Sousa
PEDRO PIO FONTINELES FILHO
Leidaiane do Nascimento Pereira
Mario de Sousa Oliveira
Andréa Conceição Gomes Lima
Marcos Assuero da Silva Cruz
Comissão Científica