O artigo examina como a casa na narrativa "A Queda da Casa de Usher" (1839) funciona como um espelho das ruínas psicológicas de Roderick Usher, refletindo sua decadência interna e simbolizando sua fragilidade mental. Através de uma leitura psicológica da obra, investiga-se como o autor Edgar Allan Poe utiliza a casa como uma extensão da mente perturbada de Roderick, explorando o inconsciente e revelando os aspectos reprimidos da psique humana. A atmosfera sombria e opressiva da mansão, com seus corredores vazios e estruturas decadentes agem como um personagem simbólico dentro da narrativa, materializando a lenta deterioração do protagonista.
A análise é de cunho analítico descritivo. A fundamentação teórica é composta de Gaston Bachelard (2002) no que concerne a análise da casa como um prolongamento da alma dos habitantes; Domício Proença Filho (1997), que discute como o espaço molda as experiências subjetivas dos personagens, e Borges Filho (2007), que aborda a inter-relação entre cenário, natureza e os estados psicológicos dos habitantes. A mansão, nesse contexto, é mais do que um simples cenário; ela atua como um reflexo psicológico e emocional de Roderick, um lugar onde os limites entre o real e o imaginário se dissolvem.
Ao aplicar esse conceito à "Casa de Usher", o artigo argumenta que a residência simboliza o colapso emocional de Roderick, intensificando o horror gótico e psicológico da narrativa. O desmoronamento final da casa espelha o colapso de sua mente, unindo simbolicamente o fim do espaço físico com a destruição de seu mundo interior.
Comissão Organizadora
RAUIRYS ALENCAR DE OLIVEIRA
Tales Antão de Alencar de Alencar Carvalho
Gustavo Oliveira de Meira Gusmão
IVONEIDE PEREIRA DE ALENCAR
Antonio Gutemberg de Castro Ribeiro Neto
Samaira Cristina Souza Chagas
RAMALHO JOSÉ FERREIRA LEITE
Adriano Silva
ANA CAROLINA PINHEIRO DA SILVA
JAINE MARIA SILVA PARENTES
Florisa Rocha
Amanda Martins Veloso de Sousa
PEDRO PIO FONTINELES FILHO
Leidaiane do Nascimento Pereira
Mario de Sousa Oliveira
Andréa Conceição Gomes Lima
Marcos Assuero da Silva Cruz
Comissão Científica