INTRODUÇÃO: Biotecnologia é o resultado da combinação de sistemas biológicos e da tecnologia, estando presente em várias áreas, como por exemplo na nutrição e na produção de alimentos. Nesta área, a biotecnologia pode ser utilizada principalmente na produção de alimentos mais resistentes às variações climáticas e no melhoramento da qualidade nutricional do alimento. Uma das formas de enriquecimento da qualidade nutricional é a fortificação, na qual ocorre a adição de um ou mais nutrientes com o objetivo de potencializar o valor nutricional e/ou prevenir ou corrigir carências nutricionais. OBJETIVOS: O presente trabalho tem por objetivo avaliar o uso da biotecnologia na fortificação de alimentos para prevenção de carências nutricionais da população. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, na qual foram realizadas pesquisas nas bases de dados online Google Acadêmico, PubMed e na biblioteca eletrônica SciELO. Empregou-se os descritores “fortificação de alimentos”, “food fortification”, “biofortificação de alimentos”, empregando o operador booleano AND. Foram selecionados três artigos que avaliaram as contribuições do uso da biotecnologia na fortificação de alimentos para prevenção de carências nutricionais, entre o ano de 2017 e 2022, na língua portuguesa ou inglesa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Uma alimentação saudável e equilibrada é uma das maneiras de garantir qualidade de vida, pois é capaz de fornecer macro e micronutrientes que são importantes para o desenvolvimento e manutenção da saúde. Entretanto, por fatores econômicos e sociais uma grande parte da população não tem acesso a uma alimentação adequada, corroborando para ocorrência de deficiências nutricionais. Portanto, as carências nutricionais de micronutrientes, principalmente como ferro e vitamina A, constituem sérios problemas de saúde pública e ocorrem principalmente nos países em desenvolvimento, uma vez que podem acarretar em diversas complicações. Desta maneira, a fortificação é considerada uma estratégia importante para mitigar estas deficiências, esta técnica consiste em adicionar nutrientes essenciais de maior escassez da população às matérias-primas, este método apresenta diversas vantagens como a eficácia em atingir diversos extratos sociais, possuir baixo custo, ser socialmente aceita e apresentar baixa toxicidade. Dentre as fortificações mais utilizadas estão as farinhas enriquecidas com ferro e ácido fólico, leites vegetais ricos em cálcio e ferro e a adição de iodo ao sal de cozinha que contribuiu com a diminuição da incidência de bócio. CONCLUSÃO: Diante do exposto, evidencia-se o uso da biotecnologia na fortificação de alimentos para prevenção de carências nutricionais normalmente encontradas na população. Tal estratégia garante grandes benefícios à população, sendo importante para correção das carências nutricionais e promoção da saúde.
NEUFELD, Lynnette M. et al. Cobertura e Utilização em Programas de Fortificação de Alimentos: Áreas Críticas e Negligenciadas de Avaliação. The Journal of nutrition, [S. l.], p. 1015-1019, 12 abr. 2017. DOI 10.3945/jn.116.246157. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5404214/ . Acesso em: 10 jun. 2022.
OKEYO, David Omondi. Impacto da fortificação de alimentos no crescimento e desenvolvimento infantil durante a alimentação complementar, [S. l.], p. 7-13, 1 set. 2018. DOI 10.1159/000490087. Disponível em: https://www.karger.com/Article/FullText/490087 . Acesso em: 10 jun. 2022.
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