INTRODUÇÃO: A adesão aos alimentos orgânicos tem sido cada vez mais perceptível nas últimas décadas, principalmente, em países desenvolvidos. A razão de tal crescimento é a concepção de que são mais nutritivos e saudáveis. O modo como são produzidos também é determinante para sua escolha. Posto que, não há uso de fertilizantes e pesticidas, artifícios agrícolas que são constantemente associados ao desenvolvimento de câncer, doenças degenerativas e outros distúrbios que podem ser desencadeados através da manipulação ou ingestão de resíduos presentes na dieta com alimentos convencionais. Além disso, pesquisas demonstram o quão os defensivos agrícolas são nocivos ao ambiente, atuando como contaminantes do solo, água e ar, causando, assim, prejuízo para fauna e flora, mesmo com doses consideradas seguras. Logo, o consumo e a produção dos alimentos convencionais são questionados e as propriedades dos alimentos orgânicos são ressaltadas. OBJETIVOS: Diante destas considerações, o presente trabalho objetivou-se em expor os benefícios destes alimentos para saúde e meio ambiente. MÉTODOS: Para tanto, foi realizada uma revisão sistemática de produções dos últimos 7 anos nas plataformas: Google Acadêmico, Scielo, Portal de Periódicos: CAPES e PubMed. Foram incluídos os artigos de cunho experimental e revisões sistemáticas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A literatura descreve que os agricultores orgânicos utilizam práticas benéficas ao meio ambiente, pois, adubos verdes e culturas rotativas protegem o solo, pois, repõe matéria orgânica, deixando-o mais fértil e prevenindo o desenvolvimento de pragas, este manejo conserva os recursos hídricos e a biodiversidade. Pesquisas não relatam que os alimentos orgânicos são mais nutritivos que os convencionais, mas evidenciam que possuem maior teor de antioxidantes, ácidos graxos insaturados, vitaminas, de forma que se destacam as do complexo B e a C, a proporção de ômega 3 e 6 também é considerada benéfica. Devido a tais argumentos, cuidadores de pacientes com Alzheimer têm incluído estes alimentos na dieta para auxiliar no tratamento, em razão de considerar as especificidades atribuídas aos ácidos graxos e as vitaminas do complexo B na transmissão de impulsos nervosos. Ademais, estudiosos têm se mostrado cada vez mais interessados em estudar a influência que as particularidades acentuadas desses alimentos têm sobre doenças como o câncer, diabetes e obesidade. Na França, uma coorte evidenciou que a ingestão de alimentos orgânicos diminuiu o risco de desenvolver câncer de mama e linfoma não Hodgkin. Um estudo transversal avaliou uma amostra representativa da população francesa e expôs uma relação inversa entre o IMC; obesidade e o consumo destes alimentos. O risco de desenvolver diabetes tipo 2 também foi analisado e, mais uma vez, houve relação negativa. Estes estudos destacam que diversos fatores podem contribuir para tais resultados, no entanto, reforçam que a diminuição ou ausência de resíduos agrícolas nos alimentos e, consequentemente, no homem contribuem prevenindo contra doenças. CONCLUSÃO: Os estudos apresentados expõem que o consumo e a produção de alimentos orgânicos contribuem para prevenir algumas doenças e preservar o meio ambiente. No entanto, outros estudos devem ser realizados para comprovar tais características.
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