Introdução: As principais bases de dados da saúde conceituam a patologia como sendo a combinação de cardiopatias congênitas que consistem em quatro características chaves, dentre as quais os defeitos do septo interventricular, estenose pulmonar, hipertrofia ventricular direita e uma aorta posicionada à direita. Nesta situação, o sangue de ambos os ventrículos (rico e pobre em oxigênio) é bombeado no corpo, frequentemente causando cianose. O tratamento definitivo é cirúrgico, sendo feito de maneira eletiva no primeiro ano de vida, preferencialmente nos primeiros 6 meses, com correção definitiva de circulação extracorpórea (CEC). Porém, ainda pode-se optar pela paliação com a técnica de Blalock-Taussig. Objetivo: Descrever a fisiopatologia da afeccção e destacar a importância do tratamento, sobretudo a correção cirúrgica, trazendo uma revisão sucinta sobre os conhecimentos gerais da patologia. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, realizado nas bases de dados ScieLo, Lilacs e PubMed no período de Janeiro de 2023, por meio dos seguintes descritores em ciências da saúde (DeCS): Tetralogia de Fallot; Cardiopatias Congênitas; Defeitos Cardíacos Congênitos. Os critérios de inclusão foram para artigos completos originais, publicados em português e em outros idiomas, entre 2018 a 2023, e que se enquadrassem na temática em questão, os critérios de exclusão foram para estudos de revisão, tese, dissertação, artigos incompletos e artigos publicados em mais de uma base científica. Resultados: Foram encontrados 175 artigos, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram utilizados 14 artigos. Entendeu-se que apesar de sua etiologia ainda não ser totalmente elucidada, a Tetralogia de Fallot é a cardiopatia congênita cianótica mais comum, sendo uma das primeiras a ter sido corrigida cirurgicamente, a indicação corretiva precoce realizada nos primeiros meses de vida tem sido rotineira em alguns serviços e com resultados alentadores, evitado consequências da hipoxemia progressiva e risco das crises hipoxêmicas como consequência da hipoxemia crônica, além da possibilidade de ocasionar as tromboses e abcessos cerebrais, proporcionando excelente sobrevida ao paciente portador. Conclusão: O tratamento ideal da Tetralogia de Fallot no primeiro ano de vida é a correção definitiva, visto que o risco cirúrgico é igual ao da paliação. Ademais, a correção total restaura precocemente a fisiologia normal do coração e da circulação e a saturação arterial de oxigênio.
Comissão Organizadora
Fernanda Ferreira de Sousa
Joel Filipe Campos Reis
Comissão Científica