INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) é uma condição clínica resultante da incapacidade do coração bombear sangue suficiente para atender metabólicas do organismo1. Decorre de alterações funcionais e/ou estruturais cardíacas que resultam na diminuição do débito cardíaco e elevações na pressão de enchimento ventricular durante o repouso ou esforço2. Trata-se de um grave problema de saúde pública pois apresenta alto índice de morbimortalidade no Brasil e no mundo, além de elevar gastos públicos de saúde3. Desse modo, torna-se imprescindível o cuidado voltado a individualidade de cada um, destacando-se o papel do enfermeiro, membro da equipe multiprofissional em saúde, protagonista no que diz respeito as ações de promoção da saúde e prevenção de agravos, através de uma assistência baseada em evidências4. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) permite ao enfermeiro se apropriar desse cuidado, e sua avaliação clínica permitirá o estabelecimento dos diagnósticos de enfermagem (DE) decorrente das respostas humanas apresentadas pelo paciente, que norteias as intervenções de enfermagem e subsidia a implementação de cuidados que atendam as necessidades do indivíduo5. OBJETIVO: Identificar por meio da literatura os diagnósticos de enfermagem aplicados aos portadores de insuficiência cardíaca. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com busca nas bases de dados LILACS, MEDLINE, BVS E BDENF de estudos que abordaram diagnósticos de enfermagem na IC publicados na língua portuguesa ou inglesa. A busca científica partiu da seguinte questão norteadora: Quais os diagnósticos de enfermagem aplicados aos indivíduos diagnosticados com a insuficiência cardíaca? Foram selecionados 19 artigos que atenderam a esses requisitos para construção do corpo do estudo. Os documentos como anais, citações breves, website ou artigos que não responderam à questão norteadora foram excluídos. RESULTADOS: Após a análise dos estudos selecionados evidenciou-se a prevalência de cinco diagnósticos de enfermagem nos pacientes com IC principalmente em estado de descompensação: “Débito Cardíaco Diminuído” dito como um dos diagnósticos prioritários uma vez que as suas caraterísticas definidoras abrange grande parte da sintomatologia apresentada pelos pacientes com IC descompensada; “Volume De Líquidos Excessivo” presente predominantemente nos quadros congestivos, de alta prevalência nos pacientes admitidos em salas de emergência; “Ansiedade” que implica em prejuízos na qualidade de vida e descontinuidade da terapêutica aplicada; “Intolerância a Atividade” associada às manifestações clínicas comumente apresentadas pelos portadores de IC e “Fadiga” frequentemente relacionada a um desenvolvimento negativo da insuficiência cardíaca e associada á maior comprometimento da classe funcional da doença. CONCLUSÃO: O estabelecimento dos diagnósticos prioritários aos indivíduos acometidos com a insuficiência cardíaca e a aplicação de intervenções de enfermagem eficazes, proporcionam manutenção da qualidade de vida e autonomia do sujeito frente a uma patologia com variadas repercussões sistêmicas e psicossociais.
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Fernanda Ferreira de Sousa
Joel Filipe Campos Reis
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