Abordagem da Terapia Ocupacional na assistência de mulheres com câncer de mama: uma revisão de literatura.

Abordagem da Terapia Ocupacional na assistência de mulheres com câncer de mama: uma revisão de literatura.

• Autor
• Marta de Souza Silva
• Co-autores
• Tatiana Barbosa da Silva Santos , zelane sousa dos santos , Daniel Corrêa Coimbra , Bruna Tayná Brito Gama4 , Karina Saunders Montenegro5
• Resumo

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  Introdução: o câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama, é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. A idade é um dos principais fatores de risco para a doença, porém, o histórico reprodutivo, hormonal, predisposições genéticas hereditárias, bem como os fatores ambientais e comportamentais, são contribuintes e potencializam o risco. O tratamento decorre dependendo da gravidade da neoplasia e diversificam entre as sessões de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e a mastectomia, que variam na retirada de partes às intervenções cirúrgicas radicais, com perda total da mama. Essas mulheres adquirem perdas ocupacionais significativas, sendo de fundamental importância a ação da terapia ocupacional na busca de possibilidades para o enfrentamento da doença e tratamento. Objetivo: descrever a abordagem da Terapia Ocupacional (T.O) na assistência de mulheres com câncer de mama. Métodos: revisão de literatura de abordagem quantitativa descritiva através das bases de dados: SciELO, Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, PubMed e LILACS. Buscaram-se publicações nos idiomas português e inglês do período entre 2010 e 2020, utilizando os descritores “terapia ocupacional”, “câncer de mama” e “mastectomia”. Resultados: foram encontrados 34 artigos, realizada a leitura de títulos e resumos, sendo 5 elegidos para o presente estudo.  Foram considerados artigos nos idiomas português e inglês que trouxessem dados quanto à abordagem terapêutica ocupacional na área pesquisada. E descartados os artigos com data de publicação anterior a 2010 e com dados insuficientes quanto à intervenção da T.O. Após leitura das publicações elegíveis, foi possível observar que 50% dos estudos eram de abordagem transversal descritiva, enquanto os outros 50% dividem-se em retrospectivos e estudos de casos. 75% dos estudos são de origem brasileira, onde a abordagem terapêutica ocupacional segue com vias a possibilitar a melhora no desempenho funcional e minimização dos impactos da neoplasia no cotidiano. Onde o profissional, com base em seu saber técnico científico, traça orientações e adaptações para as atividades instrumentais de vida diária - AIVDs, orientação e suporte familiar, treinos para mudança de decúbito, estímulo à independência e autonomia, orientações para automassagem e técnicas de conservação de energia. Nos estudos em inglês (25%), além das técnicas citadas anteriormente, há uma preocupação com relação à prescrição de próteses e adequação postural. Em todos, além da intervenção precoce em ambiente hospitalar, tem-se que as sessões de T.O duram em média 4 a 10 encontros após o 12º dia da cirurgia em casos de mastectomia. Conclusão: a abordagem do terapeuta ocupacional, inserido na equipe multidisciplinar, considerando sua visão singular do cuidado em saúde, possibilita às mulheres com câncer de mama um retorno precoce às atividades significativas, resgate da autoestima e reorganização de seus papéis ocupacionais. Vale ressaltar que, faz-se necessário o incentivo à pesquisa e publicações científicas principalmente a nível nacional, que evidenciem o trabalho da T.O nesse contexto, visto que a mesma tem um olhar para a vida ocupacional do indivíduo e articula a atividade humana à qualidade de vida.

   

• Palavras-chave
• Terapia Ocupacional, Câncer de mama, Mastectomia.
• Área Temática
• Oncologia

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