A problemática do encaminhamento precoce de pacientes oncológicos para os cuidados paliativos

A problemática do encaminhamento precoce de pacientes oncológicos para os cuidados paliativos

• Autor
• Maria Eduarda Wanderley de Barros Silva
• Co-autores
• Igor Luiz Vieira de Lima Santos
• Resumo

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  Introdução: Diferentes tipos de dor ou síndromes de dor estão presentes em todas as fases do câncer. Os cuidados paliativos oncológicos constituem uma abordagem interdisciplinar, que é centralizada nos doentes e famílias, realizada através da trajetória das doenças neoplásicas associada ao controle de sintomas, comunicação assertiva e na tomada de decisões compartilhada. Contudo, estudos comprovam um atraso considerável no encaminhamento desses pacientes restringindo assim o cuidado paliativo no fim da vida. Objetivos: Discutir o que causa a falta do encaminhamento precoce em pacientes oncológicos para os cuidados paliativos. Métodos: Trata-se de revisão sistemática da literatura, realizada por meio da pesquisa de artigos científicos, na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde, com os descritores “Oncologia” e “Cuidados Paliativos”, publicados no período de 2015 e 2020, em língua inglesa, português e espanhol. Foram encontrados 22 artigos, dos quais, foram lidos os títulos e resumos. Como critério de inclusão, foram considerados artigos de revisões de literatura que abordassem o tema proposto. Após leitura das publicações na íntegra, 10 artigos foram considerados elegíveis para a elaboração do presente estudo. Resultados: Os estudos indicam que a conotação negativa do termo “paliativo” tem implicação conjunta com a falta de treinamento nas habilidades de comunicação clínica dos profissionais. Isto acaba por gerar medo de transmitir o prognóstico, podendo levar desesperança para os pacientes com câncer e uma aversão a esse tipo de treinamento pelos profissionais. Do ponto de vista clínico e psicossocial a integração precoce de cuidado paliativo e oncologia melhoram os resultados dos pacientes nos casos mais complexos. Foi encontrada também a negligência na opinião inicial de um especialista de cuidados paliativos muitas vezes pelo motivo do médico não estar inserido em uma equipe de oncologia multidisciplinar inicial formal causando assim o encaminhamento tardio dos pacientes com neoplasias. Dessa forma, vários estudos demonstram os benefícios de integrar ações paliativas a rotina do câncer ativo não apenas em termos de controle efetivo dos sintomas psicológicos, mas também melhorando a qualidade de vida, cuidados de saúde, diminuição dos sustos, sobrevivência em alguns casos e finalmente a satisfação do paciente. Conclusão: É necessária a adoção de medidas que estimulem os oncologistas a se aperfeiçoarem nessa área a exemplo dos estágios formais, fazendo com que não ocorra o encaminhamento tardio dos pacientes aos cuidados paliativos.

   

• Palavras-chave
• Oncologia; Cuidados Paliativos; Encaminhamento e Consultas.
• Área Temática
• Oncologia

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