Perfil epidemiológico de morbimortalidade por Estado Infeccioso Assintomático do Vírus da Imunodeficiência Humana, entre 2009 e 2019, no Brasil

Perfil epidemiológico de morbimortalidade por Estado Infeccioso Assintomático do Vírus da Imunodeficiência Humana, entre 2009 e 2019, no Brasil

• Autor
• Laryssa Simões de Lima Assis
• Co-autores
• Laura Araújo de Carvalho , Ana Luísa Peres Barbosa , Filipe Teixeira Borges Neves , Bárbara Araújo de Carvalho
• Resumo

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  Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma infecção causada pelo vírus HIV e caracteriza-se pela imunossupressão profunda, a qual pode ocasionar o surgimento de várias infecções oportunistas. O indivíduo infectado pode apresentar uma fase assintomática, dentro de uma janela de meses ou anos, apresentando sintomas mínimos ou inexistentes, variando a contagem de linfócitos T CD4+. Ao longo dos anos, propagou-se de forma errônea que a infecção por HIV é sinônimo de AIDS, sendo essa o estágio final da infecção duradoura. Objetivos: Caracterizar o perfil epidemiológico das internações por estado infeccioso assintomático do HIV, no Brasil, e analisar o número de óbitos, segundo sexo, faixa etária e região. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo, longitudinal e observacional. Os dados foram coletados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), referentes ao estado infeccioso assintomático do HIV, no período entre 2009 e 2019, levando em consideração número de internações, sexo, faixa etária, óbitos e região do Brasil. Resultados: No período entre 2009 e 2019, foram registradas 262 internações por estado infeccioso assintomático do HIV no Brasil, sendo que o ano de 2018 apresentou o maior número de internações (n=68;25,9%) e os anos de 2012 (n= 3;1,14%) e 2013 (n= 3;1,14%) foram os que registraram menor número. A região Nordeste foi a mais acometida, com 78 casos (29,7%), seguida pela região Sudeste, com 77 casos (29,4%), e a região Sul apresentou menor acometimento com 10 casos (3,8%). Em todas as regiões, a maior prevalência de internações ocorreu no sexo feminino, sendo 82,8% (n= 217). A faixa etária mais acometida foi entre 20 e 29 anos com 99 casos (37,8%). Contudo as faixas etárias de menores de 1 ano e entre 30 e 39 anos também apresentaram índices significativos, com 57 casos (21,7%) e 60 casos (22,9%) respectivamente. Foram registrados óbitos apenas nas regiões Nordeste (n=1) e Centro-Oeste (n=1), acometendo unicamente o sexo feminino. Conclusão: Diante do que foi analisado, conclui-se que ocorreu um aumento significativo no número de internações por estado infeccioso assintomático do HIV. O número de internações foi maior no sexo feminino, adulto jovem, ressaltando a importância de campanhas informativas e de prevenção. Em relação a baixa taxa de óbitos, tal fato pode ser explicado por essa taxa ser maior no estado sintomático, agravado pela coinfecção de doenças oportunistas.

   

• Palavras-chave
• Estado Assintomático; HIV; Brasil.
• Área Temática
• Clínica Médica

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