Morbimortalidade por doença hemolítica do feto e do recém-nascido, entre 2009 e 2019, no Brasil

  • Autor
  • Ana Luisa Peres Barbosa
  • Co-autores
  • Laryssa Simões de Lima Assis , Laura Araújo de Carvalho , Filipe Teixeira Borges Neves , Bárbara Araújo de Carvalho
  • Resumo
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    Introdução: A doença hemolítica do feto e do recém-nascido, decorre de uma incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto, tal incompatibilidade tem como consequência a produção de anticorpos maternos específicos contra antígenos presentes na hemácia fetal. Os sistemas ABO e Rh, são responsáveis por 98% dos casos, enquanto 2% ocorre por anticorpos irregulares, o mais comum associado ao sistema Kell. O feto ou recém-nascido acometido podem vir a apresentar o quadro clínico típico da doença, anemia, insuficiência cardíaca, hematopoese extra medular e hidropsia. Objetivos: Analisar a morbimortalidade por doença hemolítica do feto e do recém-nascido no Brasil, segundo sexo, faixa etária e região. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo, longitudinal e observacional. Os dados foram coletados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), referentes à doença hemolítica do feto e do recém-nascido, no período entre 2009 e 2019, levando em consideração número de internações, taxa de mortalidade, óbitos, sexo, faixa etária e região do Brasil. Resultados: Entre 2009 e 2019, foram registradas 27.605 internações por doença hemolítica do feto e do recém-nascido no Brasil, sendo que o ano de 2018 foi o que apresentou o maior número de internações (n= 3.490;12,64%) e o ano de 2009 (n= 179;0,6%) o menor número de internações. A região Sudeste foi a mais acometida, com 13.088 casos (47,4%), e a região Sul apresentou menor acometimento com 1.760 casos (6,4%). Nacionalmente, a maior prevalência de internações ocorreu no sexo masculino, sendo 50,1% (n= 13.822). Contudo, nas regiões Norte e Nordeste a prevalência foi maior no sexo feminino. A faixa etária mais acometida foi em menores de 1 ano, com 27.542 casos (99,7%). As regiões Norte (0,58%), Nordeste (0,42%) e Sudeste (0,42%) apresentaram taxas de mortalidade superiores a nacional (0,4%). No Brasil, os óbitos ocorreram apenas na faixa etária de menores de 1 ano, com 111 óbitos no total, e o sexo masculino foi o que apresentou maior taxa de mortalidade, com exceção nas regiões Sul e Centro-Oeste. Conclusão: A doença hemolítica do feto e do recém-nascido é um problema de saúde pública no Brasil, com uma alta taxa de incidência, indicando falha nos protocolos anti-RhD, no diagnóstico pré-natal. Assim, o estudo indica a necessidade de melhorar a assistência perinatal, priorizando a profilaxia, dadas as desigualdades regionais, econômicas e sociais existentes no país.

     

  • Palavras-chave
  • Doença Hemolítica; Epidemiologia; Brasil
  • Área Temática
  • Hematologia
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O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia da Liga Acadêmica de Oncologia e Hematologia (LAOH) é uma iniciativa de seus membros em parceria com docentes e colaboradores a fim de promover a realização de um evento acadêmico científico de relevância que contribua para fortalecer os tripés ensino-pesquisa-extensão. 

O objetivo central deste evento, além de complementar a formação e aprendizado dos participantes, é contribuir para a disseminação e fortalecimento do âmbito da Oncologia e Hematologia por meio de atividades científicas com contribuições para a realidade local. Além disso, tem o intuito solidário de doação à instituições que lutam contra o câncer.


O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia foi um evento sem fins lucrativos, visto que todo o dinheiro arrecado foi destinado à doações para as seguintes instituições:  Hospital Araújo Jorge e a Casa de Apoio São Luiz.


Realizado entre os dias 28 e 29 de setembro de 2020 na modalidade virtual em função da pandemia pelo novo coronavírus, o congresso contou com a presença de profissionais e pesquisadores renomados de todo o Brasil que contribuíram demasiadamente através das palestras, troca de experiências e orientações científicas aos participantes.

  • Clínica Médica
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  • Hematologia
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Comissão Organizadora

Camila de Assunção Martins
Paula Pacheco Katopodis
ABLAM Nacional
Bárbara de Magalhães Souza Gomes
Joaquim Ferreira Fernandes
Mariana da Silveira Castro
Mariana de Oliveira Andrade
Wanessa Medeiros Pimenta
Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva

Comissão Científica

Coordenador Docente: Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva

Ana Carolina de Castro Mendonça Queiroz
Ana Karolina Lopes
Ana Lúcia Teixeira de Carvalho Zampieri
Andressa Santana Santos
Antônio da Silva Menezes Júnior
Aroldo Vieira de Moraes Filho
Carla Danielle Dias Costa
Clayson Moura Gomes
Cláudio Quintino de Lima Junior
Cristiene Costa Carneiro
Daiane de Oliveira Cunha
Daniel Rodrigues de Bastos
Edna Joana Claudio Manrique
Elisângela Gomes da Silva
Fernanda de Oliveira Feitosa de Castro
Flávio Monteiro Ayres
Frank Sousa Castro
Fábio Silvestre Ataides
Gésner José de Almeida Filho
Hermínio Mauricio da Rocha Sobrinho
Isabel Cristina Carvalho Medeiros Francescantonio
Isabela Cinquini Junqueira
Jacqueline Andréia Bernardes Leão-Cordeiro
Jalsi Tacon Arruda
Laiza Alencar Santos Barros
Larisse Silva Dalla Libera
Leonardo Luiz Borges
Lorenna Rocha Lobo e Silva Mamede
Lucas Luiz de Lima Silva
Marco Aurélio Cândido de Melo
Marcos Vinícius Milki
Marcus Vinícius Paiva de Olveira
Nathália Amaral Nogueira
Poliana Peres Ghazale
Pollyanna Silva
Renata de Bastos Ascenço Soares
Roseneide Aparecida Conde
Selma Rodrigues Alves Montefusco
Suzana Ferreira Alves
Sérgio Henrique Nascente Costa
Thaiza Dias dos Anjos
Vinicius Barreto da Silva
Vivianny Aparecida Queiroz Freitas
Xisto Sena Passos