Morbimortalidade por anemia ferropriva, em Goiás, entre 2008 e 2019: um estudo epidemiológico

Morbimortalidade por anemia ferropriva, em Goiás, entre 2008 e 2019: um estudo epidemiológico

• Autor
• Filipe Teixeira Borges Neves
• Co-autores
• Ana Luisa Peres Barbosa , Laryssa Simões de Lima Assis , Laura Araújo de Carvalho , Bárbara Araújo de Carvalho
• Resumo

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  INTRODUÇÃO: Anemia é definida como a baixa concentração sanguínea de hemoglobina, é um problema de saúde pública com impactos sociais e econômicos. Com mais de 60% dos casos em todo o mundo, a deficiência de ferro é a principal causa de anemia. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), das dez principais causas de agravo à saúde da população, a anemia ferropriva ocupa o sexto lugar em países em desenvolvimento, como o Brasil. OBJETIVO: Avaliar a morbimortalidade por anemia ferropriva no estado de Goiás entre 2008 e 2019, segundo as variáveis sexo e faixa etária. MÉTODO: Estudo epidemiológico, de base populacional e transversal, cujos dados analisados foram retirados do DATASUS do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). RESULTADOS: Houve 4.836 internações por anemia ferropriva em Goiás no período analisado, sendo 60% no sexo feminino. As internações no sexo masculino foram mais prevalentes que no sexo feminino nos extremos das faixas etárias, predominando entre 1 e 9 anos e entre 60 e 80 anos ou mais. Quanto ao sexo feminino, as taxas de internação foram maiores entre 10 e 59 anos, período marcado pela menacme nas mulheres. Apesar da anemia ferropriva ser mais prevalente nas mulheres, a taxa de mortalidade foi expressivamente maior no sexo masculino (3,82%) quando comparado ao sexo feminino (2,45%). Excetuando menores de um ano, a taxa de mortalidade por anemia ferropriva foi maior no sexo masculino em todas as faixas etárias. CONCLUSÃO: A anemia por deficiência de ferro ainda é um grave problema de saúde pública no Brasil. O número de internações foi maior no sexo feminino, em especial durante a menacme, devido as maiores perdas sanguíneas no período menstrual. Entretanto, durante a infância e em pacientes idosos, esses números foram maiores no sexo masculino, provavelmente devido a deficiência no aporte nutricional de ferro ou por perdas sanguíneas frequentes, como neoplasias, respectivamente. Portanto, o sexo feminino se mostrou como fator de risco para morbidade e o sexo masculino como fator de risco para mortalidade.

   

• Palavras-chave
• Anemia ferropriva; Epidemiologia; Goiás.
• Área Temática
• Hematologia

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