Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) Brasileiro foi organizado em conjunto com a Constituição de 1988, formalizando o direito à saúde. Visando implementar essa questão, estabeleceram-se os princípios do SUS, os quais englobam a universalidade, a integralidade, e a equidade do cuidado. Contudo, observa-se o descumprimento desses princípios quando são observados os desafios encontrados por esse sistema para o tratamento de câncer. Em 2016, segundo o Instituto Nacional do Câncer estimava-se mais de 500 mil novos casos de doenças oncológicas. A distribuição desigual de recursos pelo país e o diagnóstico tardio são limitações enfrentadas para fornecer uma intervenção precoce e de qualidade. Ademais, quando o rastreio é realizado em tempo hábil, ocorre morosidade em orientar um fluxo de procedimentos e apoio. Diante desse cenário, o qual as doenças oncológicas são umas das causas mais comuns de mortes no país, torna-se necessário identificar e discutir os fatores que dificultam substancialmente o acesso ao tratamento integral de câncer no Brasil. Objetivo: O objetivo deste estudo é identificar os desafios relacionados ao Sistema Único de Saúde para o tratamento de pacientes oncológicos, de modo a promover reflexão de demandas negligenciadas no cuidado desses indivíduos. Método: De forma a cumprir o objetivo supracitado, empregou-se uma revisão narrativa de literatura, com a coleta de artigos em agosto de 2020 nas bases de dados PubMed e Scielo, utilizando os descritores “Brasil” “Oncologia” e “Saúde Pública”. Resultados: A incidência da doença cresce conjuntamente com os óbitos no Brasil, sendo mama, colorretal, colo do útero, próstata, e câncer de pulmão os mais comuns entre a população. No que se refere ao rastreio tardio do câncer de mama em mulheres, cita-se etnia não branca, baixo índice escolar e baixa renda, demonstrando a influência dos fatores determinantes da saúde, por consequência, atrasando o acesso ao tratamento. Além disso, os dados de rastreio nacional denotam que a cobertura de mulheres na faixa etária de 50 a 59 anos é maior nos estados do Sul e Sudeste, e menor no Norte e Nordeste, evidenciando a desigualdade socioeconômica do país. Esse dado converge com a pesquisa da Sociedade Brasileira de Mastologia, a qual apontou 2226 aparelhos disponíveis de radioterapia pelo SUS, número considerado suficiente pelo Ministério da Saúde por habitante, porém, concentrado em regiões privilegiadas. Aliado a isso, o estabelecimento de um fluxo para receber a terapêutica transcorre com lentidão, no país 36,9% dos pacientes oncológicos gastam mais de 60 dias entre o diagnóstico e o início da terapia, comprometendo o curso da doença. Conclusão: Percebe-se, portanto, a necessidade de discussões a respeito da qualidade e da extensão do acesso à saúde especialmente aos pacientes oncológicos. Ações para o estabelecimento de um fluxo de identificação e tratamentos precoces da doença, diante de um contexto hierarquizado e articulado com as particularidades socioeconômicas do país, pode trazer avanços e melhor sobrevida para esses indivíduos. É importante ressaltar que, apesar de desafios e limitações a serem citados e refletidos, o SUS ainda fornece prevenção, diagnóstico e cuidado gratuito, trazendo ganhos significativos para os brasileiros.
O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia da Liga Acadêmica de Oncologia e Hematologia (LAOH) é uma iniciativa de seus membros em parceria com docentes e colaboradores a fim de promover a realização de um evento acadêmico científico de relevância que contribua para fortalecer os tripés ensino-pesquisa-extensão.
O objetivo central deste evento, além de complementar a formação e aprendizado dos participantes, é contribuir para a disseminação e fortalecimento do âmbito da Oncologia e Hematologia por meio de atividades científicas com contribuições para a realidade local. Além disso, tem o intuito solidário de doação à instituições que lutam contra o câncer.
O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia foi um evento sem fins lucrativos, visto que todo o dinheiro arrecado foi destinado à doações para as seguintes instituições: Hospital Araújo Jorge e a Casa de Apoio São Luiz.
Realizado entre os dias 28 e 29 de setembro de 2020 na modalidade virtual em função da pandemia pelo novo coronavírus, o congresso contou com a presença de profissionais e pesquisadores renomados de todo o Brasil que contribuíram demasiadamente através das palestras, troca de experiências e orientações científicas aos participantes.
Comissão Organizadora
Camila de Assunção Martins
Paula Pacheco Katopodis
ABLAM Nacional
Bárbara de Magalhães Souza Gomes
Joaquim Ferreira Fernandes
Mariana da Silveira Castro
Mariana de Oliveira Andrade
Wanessa Medeiros Pimenta
Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
Comissão Científica
Coordenador Docente: Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
Ana Carolina de Castro Mendonça Queiroz
Ana Karolina Lopes
Ana Lúcia Teixeira de Carvalho Zampieri
Andressa Santana Santos
Antônio da Silva Menezes Júnior
Aroldo Vieira de Moraes Filho
Carla Danielle Dias Costa
Clayson Moura Gomes
Cláudio Quintino de Lima Junior
Cristiene Costa Carneiro
Daiane de Oliveira Cunha
Daniel Rodrigues de Bastos
Edna Joana Claudio Manrique
Elisângela Gomes da Silva
Fernanda de Oliveira Feitosa de Castro
Flávio Monteiro Ayres
Frank Sousa Castro
Fábio Silvestre Ataides
Gésner José de Almeida Filho
Hermínio Mauricio da Rocha Sobrinho
Isabel Cristina Carvalho Medeiros Francescantonio
Isabela Cinquini Junqueira
Jacqueline Andréia Bernardes Leão-Cordeiro
Jalsi Tacon Arruda
Laiza Alencar Santos Barros
Larisse Silva Dalla Libera
Leonardo Luiz Borges
Lorenna Rocha Lobo e Silva Mamede
Lucas Luiz de Lima Silva
Marco Aurélio Cândido de Melo
Marcos Vinícius Milki
Marcus Vinícius Paiva de Olveira
Nathália Amaral Nogueira
Poliana Peres Ghazale
Pollyanna Silva
Renata de Bastos Ascenço Soares
Roseneide Aparecida Conde
Selma Rodrigues Alves Montefusco
Suzana Ferreira Alves
Sérgio Henrique Nascente Costa
Thaiza Dias dos Anjos
Vinicius Barreto da Silva
Vivianny Aparecida Queiroz Freitas
Xisto Sena Passos