Anemia hemolítica relacionada à deficiência da G6PD e as estratégias para cuidados de enfermagem

Anemia hemolítica relacionada à deficiência da G6PD e as estratégias para cuidados de enfermagem

• Autor
• Rayssa da Silva Campos
• Co-autores
• Edson Araújo Lima , Carla Ariany Silva Carvalho de Melo , Caio Vitor Lima Ribeiro da Silva
• Resumo

• Introdução: A anemia é caracterizada como uma deficiência na produção de hemácias ou mesmo uma diminuição da concentração eritrocitária, bem como, de hemoglobina. As causas da anemia podem ser classificadas em três grandes grupos: perda de sangue, destruição de glóbulos vermelhos (anemia hemolítica) e déficit na produção. Os pacientes que carregam consigo a deficiência da G6PD podem viver em sua maioria, assintomáticos. Deste modo, o diagnóstico clínico normalmente acontece quando se instala a hemólise e a resposta medular não é suficiente para suprir essa queda eritrocitária. Objetivos: Analisar as evidências disponíveis acerca da fisiopatologia, prevenção e tratamento da Anemia Hemolítica relacionada a deficiência da G6PD, bem como, dos cuidados de enfermagem que proporcionem uma melhor qualidade de vida aos portadores da doença. Métodos: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. Como estratégia de busca foram utilizados termos indexados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e suas combinações através dos operadores booleanos, nas línguas portuguesa e inglesa: “GlucosefosfatoDesidrogenase”, “Anemia Hemolítica”, “Cuidados de Enfermagem” e “Educação em Saúde”. Foram selecionados 6 artigos das bases de dados: indexadas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Resultados: No grupo das anemias hemolíticas por deficiência enzimática, os glóbulos vermelhos apresentam morfologia normal, porém o conteúdo é alterado na sua composição enzimática, onde ocorre a diminuição das enzimas que atuam no metabolismo da glicose, como é o caso da deficiência da Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6PD). Posterior ao entendimento da fisiologia da doença, é notório que, os gatilhos mais comuns são as infecções virais e bacterianas pois há a presença de radicais livres derivados de oxigênio, assim como, feijões-fava que contém ?-glicosídeos, oxidantes de ocorrência natural. Em vista disso, a chave para o tratamento da deficiência de G6PD é a prevenção de hemólises mediante o tratamento imediato de infecções e evitar fármacos oxidantes (por exemplo, as sulfonamidas, as sulfonas, nitrofuranos) e toxinas (como a naftalina). Portanto, ao iniciar qualquer plano de cuidado para um portador da Anemia Hemolítica, é necessário que, o profissional Enfermeiro responsável realize uma anamnese e uma investigação criteriosa do quadro clínico do cliente, visando compreender os sinais e sintomas apresentados, uma vez que, a sintomatologia apresentada dependerá da intensidade da hemólise e da resposta fisiológica e imunológica do organismo; identificar os fatores de risco e estresses oxidativos ao qual este esteja exposto, e por fim, medicações usuais do indivíduo que afetem diretamente na evolução sintomática do quadro clínico da doença. Conclusão: Em síntese, o tratamento da Anemia Hemolítica deve ser etiológico. Da mesma forma que existe uma grande panóplia de tipos de AH, também estão disponíveis diversas opções terapêuticas que devem ser adaptadas e otimizadas em cada caso, não esquecendo o tratamento de suporte e sintomático. Sendo assim, este estudo visa ampliar o conhecimento sobre as estratégias de educação em saúde e cuidados de Enfermagem, ainda que sejam escassos os estudos que põem em pauta os cuidados de Enfermagem com base nas estratégias tomadas para o tratamento da Anemia Hemolítica.

• Palavras-chave
• Anemia Hemolítica; Cuidados de Enfermagem; GlucosefosfatoDesidrogenase.
• Área Temática
• Hematologia

Voltar Download