Morbidade da hiperplasia prostática benigna e do câncer de próstata, no estado de Goiás, entre 2016 e 2020

Morbidade da hiperplasia prostática benigna e do câncer de próstata, no estado de Goiás, entre 2016 e 2020

• Autor
• Tiago de Almeida Laranjeira
• Co-autores
• Joaquim Ferreira Fernandes , Paulo Henrique Cardoso Amorim , Rafael Caldas Esteves Segato , Vinícius Araújo Barbosa , Josafá Pereira Bastos Neto
• Resumo

• Introdução: A hiperplasia prostática benigna caracteriza-se pelo aumento não maligno da próstata ocasionado por hiperplasia celular. Trata-se de uma doença associada à idade que afeta aproximadamente 70% dos homens com mais de 70 anos. Pode representar uma condição potencialmente grave, capaz de gerar sintomas do trato urinário inferior e reduzir a qualidade de vida do paciente, além de estar associada ao câncer de próstata (CaP). Este, por sua vez, configura-se como a segunda neoplasia maligna mais comum em homens no Brasil. No país, estimam-se, para 2020, 65.840 novos casos. Citam-se, como fatores de risco, a idade superior a 50 anos, a raça negra, o excesso de gordura corporal e o histórico familiar. O diagnóstico de HPB estaria associado a um risco 2,9 vezes maior de desenvolvimento de CaP. Objetivo:Analisar a morbidade da HPB e do CaP em Goiás entre os anos de 2016 e 2020, de acordo com a faixa etária. Método:Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo conduzido a partir de dados obtidos na plataforma de base populacional TABNET disponibilizada pelo DATASUS. Os dados referentes à morbidade hospitalar por HPB e CaP são fornecidos pelo Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), sob a responsabilidade do Ministério da Saúde. As estatísticas relativas à morbidade foram pesquisadas de acordo com o número de internações por local de internação entre os anos de 2016 e 2020, sendo julho de 2020 o mês mais recente com dados à disposição na plataforma TABNET. As internações foram separadas de acordo com a faixa etária e os dados foram tabulados por meio da própria plataforma TABNET. Resultados: No período de 2016 a julho de 2020, ocorreram 1.657 internações por HPB e 3.229 internações por CaP em Goiás. Observou-se que 2019 foi o ano com o maior número de internações ocasionadas pelas duas condições, com 428 internações por HPB e 760 por CaP. No ano de 2020, ainda em curso, já foram reportadas 433 internações por CaP e 99 por HPB. Em todos os anos, observa-se uma tendência ao crescimento dos índices de morbidade associados a essas doenças. A faixa etária de 60 a 69 foi a que apresentou o maior número de internações por HPB e CaP, com 653 e 1.171 registros, respectivamente. Isso representa, aproximadamente, 39,4% das internações por HPB e 36,3% das internações por CaP registradas no período. Conclusão: Conclui-se que houve um aumento das taxas de morbidade por HPB e CaP em Goiás entre 2016 e 2019, e com tendência de manutenção desse padrão em 2020. Tais resultados são compatíveis com a literatura na qual a HPB e o CaP são apontados como condições altamente incidentes em homens. Ademais, constatou-se que indivíduos mais velhos são os mais acometidos por essas doenças. Esses dados contribuem para a defesa do diagnóstico precoce e do rastreamento de doenças prostáticas como métodos importantes para a promoção de qualidade de vida e de um melhor prognóstico para os pacientes.

• Palavras-chave
• Câncer de Próstata, Hiperplasia Prostática Benigna, Morbidade
• Área Temática
• Oncologia

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