Perfil de mortalidade por linfoma não-Hodgkin no Brasil: estudo epidemiológico

Perfil de mortalidade por linfoma não-Hodgkin no Brasil: estudo epidemiológico

• Autor
• Júlia Fonseca Carneiro
• Co-autores
• Camila de Assunção Martins , Giovanna Pereira Bertholucci , Mariana de Oliveira Andrade , Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
• Resumo

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  Introdução: Originado nas células do sistema linfático, como células B e T, o linfoma não-Hodgkin (LNH) é um tipo de câncer que se espalha de forma desordenada e apresenta mais de 20 tipos diferentes, sendo, nos adultos, os mais comuns: o linfoma difuso de células B grandes e linfoma folicular. As manifestações clínicas são variadas e incluem linfadenomegalia, doença extranodal e emergências oncológicas. Dessa maneira, é de suma importância que a pessoa, ao apresentar os sintomas característicos dessa enfermidade, seja submetida a acompanhamento e tratamento adequados, para reduzir a piora da condição clínica e melhorar o prognóstico. Objetivos: Analisar a taxa de mortalidade, por linfoma não-Hodgkin, no Brasil, por regiões, idade e etnia, no período de 2014 a 2018. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo observacional, com dados provenientes do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, por meio do Sistema de Mortalidade (SIM/DATASUS). Foram analisados os dados de mortalidade, por linfoma não-Hodgkin, segundo as regiões do Brasil, faixa etária e etnia, no período de 2014 a 2018. Foram excluídas todas as mortes, com idade e etnia ignoradas. Resultados: No período analisado, houve um total de 20.755 mortes por LNH, no Brasil. A região que apresentou a maior taxa de mortalidade foi a região Sudeste, com 10.093 (48,6%) mortes; a maioria dessas mortes acometeu indivíduos de etnia branca (n=7.348). As outras regiões foram: Sul, com 4.268 (20,6%) mortes, sendo 3.917 mortes em indivíduos de etnia branca; Nordeste, com 4.229 (20,4%) mortes, sendo 2.470 óbitos em indivíduos de etnia parda; Centro-Oeste, com 1.328 (6,4%) mortes, sendo 697 mortes em indivíduos de etnia branca; e, finalmente, a região Norte, com 837 (4,0%) óbitos, sendo 560 indivíduos pardos. Quanto à etnia, no geral, foi maior o número de óbitos na branca (n=13.628); seguida pela parda (n=5.808); preta (n=1.135); amarela (n=151); e, por fim, indígena (n=33). Quanto à faixa etária, o maior número de óbitos ocorreu em indivíduos com idade entre 70 a 79 anos, nas regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste; e entre 60 a 69 anos, na região Norte. Conclusão: Constatou-se que o número de mortes por LNH foi mais prevalente em indivíduos de etnia branca e em idosos (entre 60 e 79 anos), sendo, portanto, fatores de risco significativos. As taxas de mortalidade, por LNH, não foram homogêneas, no Brasil e regiões, sendo a região Sudeste a mais afetada, o que pode sugerir a existência de diferentes fatores de risco, qualidade dos sistemas de informação e, possivelmente, mudanças no diagnóstico e no tratamento da doença entre as regiões. Dessa forma, mais estudos epidemiológicos devem ser desenvolvidos para aumentar a precisão do perfil epidemiológico de mortalidade, pelo LNH, e, assim, desenvolver manobras de contenção e cura da doença, focadas na particularidade de cada região. 

• Palavras-chave
• Linfoma não-Hodgkin, Epidemiologia, Mortalidade.
• Área Temática
• Oncologia

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