Visita Guiada: Uma experiência que expande a cotidianidade hospitalar e as relações entre pacientes/familiares/profissionais do serviço

Visita Guiada: Uma experiência que expande a cotidianidade hospitalar e as relações entre pacientes/familiares/profissionais do serviço

• Autor
• Stephanie Stello Pavão
• Co-autores
• viviane niederauer machado , amara lúcia holanda tavares battistel
• Resumo

•  

  Introdução: O Centro de Tratamento à Criança e ao Adolescente com Câncer, localizado em um hospital universitário no interior de Santa Maria/RS, é um ambiente de tratamento hematológico e oncológico, que atende crianças e adolescentes. Nesse espaço, o Programa de Extensão Cuidado e Atenção à Criança e Adolescente em Tratamento Oncológico, realiza diversas ações que promovem a atenção integral à saúde das crianças e adolescentes, bem como a seus cuidadores e familiares na perspectiva da Política Nacional de Humanização da assistência em saúde. Este trabalho apresenta a ação Visita Guiada, a qual busca levar ao conhecimento dos pacientes e de seus familiares os diversos serviços oferecidos pelo hospital para a realização do tratamento hematológico e oncológico. Com vistas a romper com o modelo biomédico, a visão médico-centrada e cura da doença, mas que se paute por intervenções pautadas na integralidade do cuidado. (Joaquim et al. 2017). Objetivos: Apresentar e discutir a importância de ações realizadas dentro do espaço hospitalar para pacientes e acompanhantes em tratamento hematológico e oncológico, a fim de contribuir para expandir os conhecimentos e compreensão dos processos e pessoas envolvidas, assim como ampliar a humanização das relações. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo do tipo relato de experiência, realizado no primeiro semestre de 2019, durante participação no programa de extensão do Curso de Terapia Ocupacional em uma universidade pública no interior do Estado do Rio Grande do Sul.  Resultados: Considerando que a internação hospitalar pode trazer um impacto negativo no cotidiano da criança e do adolescente, visto que segundo Joaquim et al. (2017) “a criança perde suas referências afetivas e sociais, tendo que lidar com estresse, medo, insegurança e traumas”, a visita guiada coopera para a humanização e fortalecimento das relações estabelecidas entre pacientes, familiares e profissionais do serviço, pois permite a ambos se conhecerem, dissolvendo desta forma curiosidades, medos e ansiedades. Tendo em vista que, ao conhecer outros espaços do hospital e os serviços que lhe são prestados os pacientes e familiares tornam-se cientes de todo o cuidado que expande a unidade de tratamento, e os profissionais são sensibilizados ao conhecer os pacientes despertando sentimentos de afeto, bem como valorização ao reconhecer a importância do  seu trabalho. Conclusão: Considerando as mudanças cotidianas apontadas por Lima & Almohalha (2011) em que “no tratamento a criança vivenciará diferentes situações, que interferem em seus papéis ocupacionais, desenvolvimento e rotina familiar. Dessa forma, torna-se fundamental que ela seja acolhida pela família e pelos profissionais que com ela atuam, buscando amenizar os efeitos negativos desse período. Vale ressaltar ainda que a família da criança também precisa ser acolhida e merece uma atenção humanizada.” A Visita Guiada se faz importante enquanto estratégia que proporciona além de acolhimento e bem-estar às crianças, adolescentes e familiares por meio de uma atividade que amplia a cotidianidade hospitalar, em que os sujeitos passam a maior parte do tempo durante o tratamento; e aos profissionais ao possibilitar essa interação e acolhimento, permite ressignificar, humanizar e personalizar seus serviços, o que lhes traz satisfação profissional e pessoal.

• Palavras-chave
• Humanização; Terapia Ocupacional; Hospitalização.
• Área Temática
• Oncologia

Voltar Download