Prevalência do tétano acidental no nordeste brasileiro entre 2015 e 2019

Prevalência do tétano acidental no nordeste brasileiro entre 2015 e 2019

• Autor
• Salomão Mendes Amaral
• Co-autores
• João Pedro Nascimento Ferreira , Lucas Daniel Lima dos Santos , Letícia Muniz de Abreu Murad , Byatriz Oliveira Linhares , Mylena Andréa Oliveira Torres
• Resumo

• Introdução: O tétano é uma doença aguda não infecciosa causada pelo Clostridium tetani, o qual é uma bactéria gram-positiva e anaeróbia. O agente etiológico causador da patologia libera toxinas que afetam o sistema nervoso do paciente infectado e essa patologia é mais frequente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.  A doença causa uma alta letalidade e morbidade, em decorrência das complicações clínicas sofridas pelos indivíduos acometidos. Objetivo: Avaliar a prevalência do tétano acidental no nordeste brasileiro entre 2015 e 2019, avaliando-se os meses de janeiro a dezembro do intervalo utilizado para a pesquisa epidemiológica. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico de análise retrospectiva e abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Sistema Único de Saúde entre os anos de 2015 a 2019, tendo como parâmetros de análise: ano, estado, faixa etária, sexo e evolução do caso. Resultados: Nos anos pesquisados, foram notificados 365 casos de tétano no nordeste, sendo 23,56% (n=86) em 2015; 22,19% (n=81) em 2016; 16,99% (n=62) em 2017; 16,71% (n=61) em 2018 e 20,55% (n=75) em 2019. Em relação aos estados nordestinos, observou-se que os mais acometidos foram: Maranhão com 18,08% (n=66); Ceará com 19,73% (n=72) e Bahia com 22,47% (n=82). Com relação a faixa etária, identificou-se que os infectados são mais prevalentes no intervalo de 20 a 39 anos com 16,99% (n=62) e 40 a 59 anos com 48,77% (n=178). Em relação ao sexo, observou-se: masculino com 89,04% (n=325) e feminino com 10,96% (n=40). Na evolução dos casos, identificou-se: 45,48% (n=166) dos pacientes foram curados e 36,16% (n=132) tiveram óbito pelo agravo notificado. Conclusão: Portanto, pode-se inferir que o número de pessoas com tétano começou a diminuir no intervalo de 2015 a 2018, mas aumentou no ano seguinte. Cumpre observar que a doença é mais prevalente em jovens e em pessoas de meia idade. Além disso, mais da metade dos casos registrados são mais frequentes no sexo masculino e que, apesar de muitos indivíduos conseguirem se recuperar, uma porcentagem de doentes evolui para o óbito.

• Palavras-chave
• Tétano, Epidemiologia, Nordeste.
• Área Temática
• Clínica Médica

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