Patologias bucais oportunistas em pacientes pediátricos em tratamento oncológico

Patologias bucais oportunistas em pacientes pediátricos em tratamento oncológico

• Autor
• Nayara Gabryelly Azevedo Duarte
• Co-autores
• Claudia Maria Trajano da Silva , Eliandra Thaís de Santana Silva , Maria Andressa Moraes de Araújo , Vitória Rafaela Simião Silva de Lima , Rafael de Sousa Carvalho Saboia
• Resumo

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  Introdução: Os pacientes oncológicos pediátricos em tratamento normalmente apresentam manifestações orais em decorrência da forte imunossupressão obtida pela terapia antineoplásica. Essas patologias podem ser graves, afetando nos resultados da terapêutica médica, acarretando complicações sistêmicas significativas, que são capazes de aumentar o tempo da internação hospitalar, os custos do tratamento e comprometer diretamente a qualidade de vida desses pacientes. Objetivos: Destacar as principais patologias orais oportunistas decorrente do tratamento oncológico em pacientes pediátricos. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura narrativa de trabalhos disponíveis em bases de dados: SciELO e BVS, publicados no período de 2010 e 2020 em língua portuguesa. Foram encontrados 15 artigos, sendo eliminados os artigos em duplicidade, depois foram escolhidos pelos títulos e pela leitura dos resumos, sendo selecionados os mais adequados para o desenvolvimento do trabalho. Foram classificados como aptos 5 artigos para confecção do presente estudo. Resultados: Dentre as patologias bucais oportunistas mais comuns nesses pacientes destacam-se a xerostomia, a mucosite, a cárie de radiação, a osteorradionecrose, a candidíase e as alterações do desenvolvimento crânio facial. Cerca de 40% dos pacientes infato-juvenil vão desenvolver essas complicações bucais pois os quimioterápicos e radioterápicos agem nas células em crescimento sem distinguir as células malignas das células normais da mucosa oral. Dentre as alterações citadas, as com mais incidência são a mucosite que se encontra em 40% a 76% nesses pacientes pediátricos, que consiste em uma resposta inflamatória da mucosa oral, com o surgimento de áreas eritematosas e desenvolvimento de ulcerações, sangramento e edema. Já a xerostomia, normalmente acontece no início do tratamento, consiste na diminuição da saliva levando a secura da boca, podendo provocar a diminuição do paladar e alterações na deglutição e digestão. Candidíase é uma infecção fúngica provocada pela Candida albican, sendo a alteração mais comum em paciente pediátrico, devido à má nutrição e neutropenia.  A Cárie por radiação, acontece por causa dos efeitos colaterais do tratamento pós-radioterápico, sendo uma cárie mais severa, aguda e de desenvolvimento rápido que frequentemente atinge as faces lisas, ponta de cúspides e região cervical do dente. Conclusão: As complicações bucais em pacientes infantis que estão em tratamento antineoplásico são comuns, essas alterações podem ser evitadas ou minimizadas através da atuação da equipe odontológica, através do manejo clinico adequado, respeitando o protocolo de cuidados com a higiene bucal dessas crianças.

   

• Palavras-chave
• Oncologia, Criança, Manifestações orais.
• Área Temática
• Oncologia

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