Perfil das mulheres submetidas ao exame Papanicolau no estado de Goiás

Perfil das mulheres submetidas ao exame Papanicolau no estado de Goiás

• Autor
• Andréa Araújo dos Santos Albernaz da Silveira
• Co-autores
• Filipe Teixeira Borges Neves , Giovanna Siqueira Bocchi , Rodrigo Teixeira Zaiden
• Resumo

•  

  Introdução: O câncer do colo do útero tem se configurado como um problema de saúde pública em todo o mundo e é o 3° mais comum entre mulheres, sendo superado apenas pelos de pele não melanoma e mama. A prevenção primária do câncer de colo uterino é composta pela vacinação, que é contemplada desde 2014 pelo calendário do Ministério da saúde, e por mudanças comportamentais, como uso de preservativos. A prevenção secundária é composta pelo rastreamento periódico e detecção precoce de lesões precursoras do câncer. O Papanicolau ou exame citopatológico cervico-vaginal se constitui no meio mais adequado, simples e barato para o rastreamento do câncer cervical. Esse método de rastreamento tem impacto na redução da incidência do câncer e de sua morbimortalidade. É indicado para toda mulher que tem ou já teve relação sexual, especialmente as que têm entre 25 e 59 anos de idade. O diagnóstico precoce realizado por meio do Papanicolau associado ao tratamento das lesões precursoras são fundamentais para prevenção e redução da mortalidade por este tipo de câncer.  Objetivo: Analisar o perfil das mulheres submetidas ao exame Papanicolau no estado de Goiás, entre outubro de 2014 e outubro de 2015. Método: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo, com abordagem quantitativa do tipo exploratório, do perfil das mulheres que realizaram exames citopatológicos cérvico-vaginais e microflora no estado de Goiás, entre outubro de 2014 e outubro de 2015. Os dados epidemiológicos foram obtidos a partir do levantamento do registro no banco de dados no Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO), disponíveis no DATASUS/Tabnet. As informações foram traçadas estatisticamente e analisadas quantitativamente e de maneira descritiva. A discussão dos dados foi realizada tendo como pilar a busca dos artigos científicos nas bases de dados LILACS e MEDLINE. Resultados: Em Goiás, entre outubro de 2014 e outubro de 2015, foram realizados 6.288 exames citopatológicos cervico-vaginal e microflora. Cerca de 30% dos exames foram realizados em mulheres com idade entre 40 e 49 anos. A maior parte das pacientes que realizaram o exame tinham o ensino fundamental incompleto (aproximadamente 21,5%), seguido pelas pacientes que apresentavam o ensino médio completo (13%). No entanto, 48% dos exames não constavam o grau de escolaridade das pacientes. Quanto a variável raça e cor, 94% dos exames não apresentava essa informação. Conclusão: Foram realizados números significativos de exames citopatológicos cervico-vaginal e microflora no período analisado. A maior quantidade de exames foi realizada na faixa etária entre 40 e 49 anos, mostrando uma precaução maior dos profissionais de saúde e da população quanto ao câncer de colo uterino. Neste estudo não observou associação entre grau de escolaridade e realização de exames colpocitológicos, no entanto quantidade significativa de exames não constavam essa informação. Ainda assim, vale ressaltar a importância do preenchimento adequado dos dados das pacientes para que possam ser feitas promoções e programas de saúde direcionados a população de risco, efetivando ainda mais o sistema público de saúde.

   

• Palavras-chave
• Saúde da Mulher; Exame Colpocitológico e Prevenção de doenças
• Área Temática
• Oncologia

Voltar Download