O papel dos profissionais de saúde na comunicação em saúde à pacientes oncológicos

O papel dos profissionais de saúde na comunicação em saúde à pacientes oncológicos

• Autor
• Lais Sousa da Silva
• Co-autores
• Daniel Reis Correia , Renata Oliveira Caetano , Lara Lelis Dias , José Victor Soares da Silva , Cristiane Chaves de Souza
• Resumo

• Introdução: A Política Nacional de Humanização orienta um serviço de saúde realizado com base no acolhimento ao paciente, através de uma escuta ativa e individualizada, visando a construção de vínculos e o estabelecimento de relações de confiança entre a díade usuário-profissionais. Sabendo-se da capacidade do câncer em fragilizar as necessidades biopsicossocial e espiritual, tanto do enfermo quanto de seus familiares, é imprescindível a capacitação dos profissionais de saúde para a prestação de um cuidado holístico e humanizado, que proporcione o respeito e a empatia, na comunicação, por meio do apoio emocional e informacional a esses indivíduos. Por sua vez, a comunicação em saúde, realizada a partir de diagnósticos oncológicos, precisa transmitir informações claras e objetivas, a fim de prover o entendimento e sanar dúvidas sobre a doença, além de traçar, junto ao enfermo, o cuidado/tratamento adequado para o seu estado de saúde-doença, visando contribuir para uma assistência qualificada. Objetivo: Identificar, na literatura, o papel dos profissionais de saúde na comunicação em saúde à enfermos oncológicos. Método: Trata-se de um estudo de revisão da literatura realizado em três bases de dados (LILACS, BDENF, MEDLINE), via portal Biblioteca Virtual da Saúde. Foram encontrados 52 artigos publicados em português, nos últimos cinco anos, a partir dos descritores: “comunicação em saúde” e “oncologia”. Sendo que, destes, foram incluídos 10 artigos com base na leitura dos títulos e resumos que abordavam a temática em questão. Resultados: A análise dos artigos permitiu inferir que, para a promoção de cuidados integralizados e humanizados, os profissionais precisam saber lidar com suas próprias emoções para conseguir abranger os sentimentos vivenciados pelo doente frente às incertezas do tratamento ou dos cuidados paliativos. Entretanto, a literatura aponta diversos desafios enfrentados pelos profissionais de saúde diante à comunicação de más notícias, o que corrobora para o distanciamento da díade e para menor adesão ao tratamento necessário a enfermidade. Dentre os desafios encontrados, destaca-se a fragilidade na formação acadêmica para enfrentar a morte, visto que os discentes são preparados para resgatarem a saúde. Assim, a atuação profissional se encontra precarizada devido a incapacidade dos profissionais em promover o cuidado frente a vulnerabilidade que o câncer gera no doente e nos seus familiares. Além disso, entende-se que a comunicação em saúde compreende o primeiro tratamento ao paciente oncológico, pois a maneira como esta é executada pode favorecer ou comprometer a adesão às intervenções terapêuticas necessárias para o processo de cura/qualidade de vida do indivíduo assistido.  Conclusão: A comunicação em saúde precisa ser estabelecida com sensibilidade às individualidades de cada paciente, a fim de identificar os sentimentos visíveis e ocultos do indivíduo para que este possa ser assistido de maneira integral e humanizada. Com isso, percebe-se tanto a necessidade de proporcionar aos acadêmicos da área da saúde oportunidades para adquirirem habilidades para lidar com pacientes em todos os estágios do processo saúde-doença, incluindo o processo de morrer. Como também, garantir conhecimentos técnicos, científicos e emocionais, com a finalidade de estabelecer uma assistência integral, individual e humanizada aos pacientes oncológicos.

• Palavras-chave
• Comunicação em saúde; Oncologia.
• Área Temática
• Oncologia

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