Impactos da pandemia da Covid-19 no tratamento de pacientes oncológicos

Impactos da pandemia da Covid-19 no tratamento de pacientes oncológicos

• Autor
• Laíssa Teixeira Lazarini
• Co-autores
• Thamires Siqueira Rocha , Gabriel Campelo Sotero , Fernanda Mara do Nascimento Almada , Crislaine Eduarda de Oliveira , Cíntia Caroline Prado Craveiro
• Resumo

•  

  Introdução: A doença do coronavírus (Covid-19) tornou-se uma emergência de saúde pública global, tendo sido classificada como uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Dessa forma, há um alto risco de transmissão, que ocorre de uma pessoa para outra pelo contato com gotículas de saliva, tornando fundamental a implementação de medidas de distanciamento social. Nesse contexto, os pacientes oncológicos possuem um maior risco de infecção, visto que podem precisar visitar o hospital muitas vezes. Além disso, eles também apresentam taxas de morbimortalidade mais altas do que as da população geral, devido ao possível comprometimento do sistema imune. Nesse sentido, torna-se imprescindível a adaptação do manejo oncológico, levando em consideração a atuação multiprofissional, a alocação necessária de recursos e a adequação dos cuidados clínicos, buscando reduzir o risco de infecção desses indivíduos e, ao mesmo tempo, evitar o declínio na adesão ao tratamento. Objetivo: Objetiva-se com esse estudo identificar e compreender as mudanças necessárias no tratamento de pacientes oncológicos durante a pandemia da Covid-19. Método: O presente trabalho consiste em uma revisão narrativa de literatura, na qual realizou-se uma pesquisa em setembro de 2020 nos bancos de dados PubMed e Scielo, utilizando os descritores “Infecções por coronavirus”, “Oncologia” e “Pandemias”. Resultados: O contexto da crise da Covid-19 e a necessidade de distanciamento social geram preocupações nos pacientes com câncer a respeito de seu tratamento, provocando altos níveis de estresse e podendo causar impactos psicológicos. Em um estudo, essas pessoas mostraram-se receosas em ir ao hospital e contrair o coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-Cov-2), o que pode diminuir a adesão à terapia, como foi observado em alguns serviços. Assim, é fundamental aplicar estratégias para reduzir o risco de contaminação e cogitar alternativas para procedimentos terapêuticos, por exemplo analisar trocar a quimioterapia intravenosa pela oral, que pode ser recebida em casa, e separar as salas de radioterapia para pacientes suspeitos ou com casos confirmados de Covid-19. Além disso, a telemedicina pode ser considerada para orientação e monitoramento à distância, reduzindo o número de visitas ao hospital. Nesse sentido, deve-se classificar os riscos e benefícios quanto à intervenção terapêutica neste período de acordo com cada caso, e tomar as decisões juntamente ao paciente. Outrossim, ao adotar medidas para superar os desafios enfrentados pela cancerologia atualmente, deve-se levar em consideração a multiprofissionalidade da área, a impossibilidade de interromper certas terapias e a hospitalização necessária de algumas emergências. Conclusão: O cenário da pandemia de Covid-19 traz implicações na prática da oncologia, cujos pacientes dependem do tratamento para melhores prognóstico e qualidade de vida. Dessa forma, é preciso fornecer suporte psicológico e médico àqueles que necessitam. Assim, deve-se adaptar a forma de atendimento e tratamento de acordo com as necessidades e condições de cada paciente, visando evitar a infecção pelo SARS-Cov-2 nessa população. Ademais, recursos tecnológicos como a telemedicina podem ser utilizados para orientar e monitorar remotamente esses indivíduos. Portanto, acredita-se que essas mudanças trarão implicações para o contexto da oncologia após a pandemia, com o maior uso de ferramentas como a telessaúde.

   

• Palavras-chave
• Infecções por coronavirus, Oncologia, Pandemias
• Área Temática
• Oncologia

Voltar Download