Panorama epidemiológico da septicemia estreptocócica: a mortalidade em foco

  • Autor
  • Rafaella Quirino Alcântara
  • Co-autores
  • Thaís Cunha Aguiar Gomes , Joaquim Ferreira Fernandes , Júlia Fonseca Carneiro , Paula Pacheco Katopodis , Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: Os estreptococos são bactérias gram-positivas, que provocam infecções não invasivas supurativas, como: faringite, pneumonia e endocardite, e não supurativas, como: febre reumática aguda e glomerulonefrite aguda. A septicemia estreptocócica ocorre quando a bactéria atinge a corrente sanguínea, por meio de procedimento invasivo ou ferida infeccionada, estando associada a taxas crescentes de morbimortalidade, em todo o mundo. OBJETIVOS: Analisar a taxa de óbitos por septicemia estreptocócica, em relação à região do Brasil, sexo e escolaridade. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico descritivo, com dados coletados no Sistema de Informações sobre Mortalidade, na plataforma do DATASUS, do período de 1996 a 2018. Os dados eram referentes aos óbitos por septicemia estreptocócica, considerando a região do Brasil, o sexo e a escolaridade dos indivíduos. As estatísticas descritiva e inferencial foram realizadas com o auxílio do software BioEstat®. Para a estatística inferencial foi utilizado o teste de correlação linear de Pearson, com o nível de significância de 5%. RESULTADOS: No período analisado, houve 2.549 óbitos por septicemia estreptocócica, no Brasil. A região Nordeste foi a mais acometida, com 1.098 (43,1%) mortes, e a região Centro-Oeste, a menos acometida, com 73 (2,9%) óbitos. As regiões Sudeste, Norte e Sul apresentaram, respectivamente, às seguintes taxas de óbitos: 34,7% (n=885), 9,8% (n=249) e 9,6% (n=244). O estado de Minas Gerais (15,2%; n=388) e de São Paulo (14,4%; n=366), mesmo não pertencendo a região com maior número de casos, foram os estados com maior mortalidade, no Brasil. O sexo masculino superou o feminino em relação ao número de óbitos, com o registro de 1.311 (51,4%) casos. Em relação à escolaridade, observou-se que indivíduos que não tiveram contato com o estudo escolar foram os mais acometidos, com 29,8% (n=759) dos óbitos, e aqueles que tiveram mais de 12 anos, em instituições de ensino, foram os menos acometidos, com 1,7% (n=44) das mortes. O teste de correlação de Pearson, revelou forte correlação negativa (r=-0,8195; p=0,024), ou seja, conforme os anos de escolaridade aumentam, a taxa de mortalidade, por septicemia estreptocócica, diminui. CONCLUSÃO: É importante atentar-se ao fato de que o Nordeste, sendo a região brasileira com maior carência na área da saúde e na educação, é responsável pelo maior número de óbitos, por septicemia estreptocócica. Os dados supracitados ajudam, portanto, a elucidar a necessidade das ações em saúde focadas no diagnóstico e no tratamento precoce da septicemia, para melhorar o prognóstico da doença. Além disso, realça como a educação/escolaridade tem impacto positivo na saúde social.

  • Palavras-chave
  • Septicemia, Epidemiologia, Bactéria.
  • Área Temática
  • Clínica Médica
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O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia da Liga Acadêmica de Oncologia e Hematologia (LAOH) é uma iniciativa de seus membros em parceria com docentes e colaboradores a fim de promover a realização de um evento acadêmico científico de relevância que contribua para fortalecer os tripés ensino-pesquisa-extensão. 

O objetivo central deste evento, além de complementar a formação e aprendizado dos participantes, é contribuir para a disseminação e fortalecimento do âmbito da Oncologia e Hematologia por meio de atividades científicas com contribuições para a realidade local. Além disso, tem o intuito solidário de doação à instituições que lutam contra o câncer.


O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia foi um evento sem fins lucrativos, visto que todo o dinheiro arrecado foi destinado à doações para as seguintes instituições:  Hospital Araújo Jorge e a Casa de Apoio São Luiz.


Realizado entre os dias 28 e 29 de setembro de 2020 na modalidade virtual em função da pandemia pelo novo coronavírus, o congresso contou com a presença de profissionais e pesquisadores renomados de todo o Brasil que contribuíram demasiadamente através das palestras, troca de experiências e orientações científicas aos participantes.

  • Clínica Médica
  • Oncologia
  • Hematologia
  • Clínica Cirúrgica
  • Temas Livres

Comissão Organizadora

Camila de Assunção Martins
Paula Pacheco Katopodis
ABLAM Nacional
Bárbara de Magalhães Souza Gomes
Joaquim Ferreira Fernandes
Mariana da Silveira Castro
Mariana de Oliveira Andrade
Wanessa Medeiros Pimenta
Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva

Comissão Científica

Coordenador Docente: Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva

Ana Carolina de Castro Mendonça Queiroz
Ana Karolina Lopes
Ana Lúcia Teixeira de Carvalho Zampieri
Andressa Santana Santos
Antônio da Silva Menezes Júnior
Aroldo Vieira de Moraes Filho
Carla Danielle Dias Costa
Clayson Moura Gomes
Cláudio Quintino de Lima Junior
Cristiene Costa Carneiro
Daiane de Oliveira Cunha
Daniel Rodrigues de Bastos
Edna Joana Claudio Manrique
Elisângela Gomes da Silva
Fernanda de Oliveira Feitosa de Castro
Flávio Monteiro Ayres
Frank Sousa Castro
Fábio Silvestre Ataides
Gésner José de Almeida Filho
Hermínio Mauricio da Rocha Sobrinho
Isabel Cristina Carvalho Medeiros Francescantonio
Isabela Cinquini Junqueira
Jacqueline Andréia Bernardes Leão-Cordeiro
Jalsi Tacon Arruda
Laiza Alencar Santos Barros
Larisse Silva Dalla Libera
Leonardo Luiz Borges
Lorenna Rocha Lobo e Silva Mamede
Lucas Luiz de Lima Silva
Marco Aurélio Cândido de Melo
Marcos Vinícius Milki
Marcus Vinícius Paiva de Olveira
Nathália Amaral Nogueira
Poliana Peres Ghazale
Pollyanna Silva
Renata de Bastos Ascenço Soares
Roseneide Aparecida Conde
Selma Rodrigues Alves Montefusco
Suzana Ferreira Alves
Sérgio Henrique Nascente Costa
Thaiza Dias dos Anjos
Vinicius Barreto da Silva
Vivianny Aparecida Queiroz Freitas
Xisto Sena Passos