Introdução: Nos últimos anos, a procura pelo rejuvenescimento facial estético não-cirúrgico tem se tornado cada vez mais comum. Devido à sua praticidade de aplicação e fácil disponibilidade, o preenchimento de ácido hialurônico (AH) se tornou uma escolha frequente para suavizar rugas, sulcos e volumizar regiões como lábios, malar e mandíbula. Como consequência dessa expansão, no entanto, significativas complicações pós-intervenção também aumentaram em frequência, como é o caso da oclusão arterial ocular que, apesar de ser uma condição rara, é uma considerável causa de cegueira iatrogênica. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar e discutir as situações oftálmicas adversas decorrentes do uso de AH injetável, bem como as maneiras de preveni-las. Método: Este trabalho traz uma revisão de literatura, baseada em estudos científicos, na língua inglesa e portuguesa, publicados nos bancos de dados virtuais PubMed, SciELO e Lilacs, entre 2017 e 2020, que retratavam sobre a fisiopatologia, relevâncias clínicas e prevenção da perda de visão associada ao preenchimento facial com ácido hialurônico. Os principais Descritores em Ciência e Saúde (DeCS) utilizados nesta revisão foram: ‘’Blindness’’, ‘’Dermal Fillers’’, ‘’Embolism’’ e ‘’Hyaluronic Acid’’. Resultados: A partir destes estudos, foi observado que o AH, quando injetado de forma errônea, pode gerar um bloqueio no fluxo da artéria central da retina e da oftálmica, devido ao deslocamento arterial retrógrado do produto nos vasos periféricos do sistema vascular local. Este evento pode acontecer, principalmente, quando a parede de um ramo distal é perfurada acidentalmente pela agulha injetora. Neste caso, se a pressão exercida for alta, ocorrerá uma expansão significativa dos vasos, mesmo com uma pequena quantidade de material exógeno. Além disso, essa substância pode deslocar o sangue arterial e se movimentar em direção à origem das artérias, contribuindo, ainda mais, para o fluxo retrógrado e a oclusão do lúmen. Por conseguinte, ocorrerá uma isquemia da região vascularizada pela artéria. De acordo com as literaturas, as zonas de alto risco para oclusão arterial ocular inclui a testa, a glabela, o nariz e as pregas nasolabiais. Clinicamente, as principais manifestações após a aplicação, que devem ser temidas, são: perda parcial ou total da visão, dor intensa de início súbito no globo ocular e região periocular, ptose, oftalmoplegia, exotropia, pupilas anisocóricas, cefaleia, náusea e vômitos. Portanto, a fim de prevenir estas complicações, o médico deve: realizar a aspiração antes da injeção, para verificar se a agulha não está em um vaso; aplicar um vasoconstritor local; preferir agulhas, seringas e cânulas de menor tamanho, devido à velocidade mais baixa de injeção; aplicar o produto de forma fracionada, lenta e com baixa pressão; conhecer, minuciosamente, a anatomia vascular facial e as zonas de maior perigo. Conclusão: Em suma, apesar da aparente raridade da oclusão iatrogênica das artérias oculares após a injeção de AH, não se deve ignorar esse agravo, pois ele pode trazer sequelas irreversíveis ao paciente. Para isso, os médicos devem possuir um conhecimento sólido não apenas da técnica, mas também da anatomia da face, a fim de minimizar a incidência de complicações após a aplicação desse produto.
O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia da Liga Acadêmica de Oncologia e Hematologia (LAOH) é uma iniciativa de seus membros em parceria com docentes e colaboradores a fim de promover a realização de um evento acadêmico científico de relevância que contribua para fortalecer os tripés ensino-pesquisa-extensão.
O objetivo central deste evento, além de complementar a formação e aprendizado dos participantes, é contribuir para a disseminação e fortalecimento do âmbito da Oncologia e Hematologia por meio de atividades científicas com contribuições para a realidade local. Além disso, tem o intuito solidário de doação à instituições que lutam contra o câncer.
O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia foi um evento sem fins lucrativos, visto que todo o dinheiro arrecado foi destinado à doações para as seguintes instituições: Hospital Araújo Jorge e a Casa de Apoio São Luiz.
Realizado entre os dias 28 e 29 de setembro de 2020 na modalidade virtual em função da pandemia pelo novo coronavírus, o congresso contou com a presença de profissionais e pesquisadores renomados de todo o Brasil que contribuíram demasiadamente através das palestras, troca de experiências e orientações científicas aos participantes.
Comissão Organizadora
Camila de Assunção Martins
Paula Pacheco Katopodis
ABLAM Nacional
Bárbara de Magalhães Souza Gomes
Joaquim Ferreira Fernandes
Mariana da Silveira Castro
Mariana de Oliveira Andrade
Wanessa Medeiros Pimenta
Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
Comissão Científica
Coordenador Docente: Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
Ana Carolina de Castro Mendonça Queiroz
Ana Karolina Lopes
Ana Lúcia Teixeira de Carvalho Zampieri
Andressa Santana Santos
Antônio da Silva Menezes Júnior
Aroldo Vieira de Moraes Filho
Carla Danielle Dias Costa
Clayson Moura Gomes
Cláudio Quintino de Lima Junior
Cristiene Costa Carneiro
Daiane de Oliveira Cunha
Daniel Rodrigues de Bastos
Edna Joana Claudio Manrique
Elisângela Gomes da Silva
Fernanda de Oliveira Feitosa de Castro
Flávio Monteiro Ayres
Frank Sousa Castro
Fábio Silvestre Ataides
Gésner José de Almeida Filho
Hermínio Mauricio da Rocha Sobrinho
Isabel Cristina Carvalho Medeiros Francescantonio
Isabela Cinquini Junqueira
Jacqueline Andréia Bernardes Leão-Cordeiro
Jalsi Tacon Arruda
Laiza Alencar Santos Barros
Larisse Silva Dalla Libera
Leonardo Luiz Borges
Lorenna Rocha Lobo e Silva Mamede
Lucas Luiz de Lima Silva
Marco Aurélio Cândido de Melo
Marcos Vinícius Milki
Marcus Vinícius Paiva de Olveira
Nathália Amaral Nogueira
Poliana Peres Ghazale
Pollyanna Silva
Renata de Bastos Ascenço Soares
Roseneide Aparecida Conde
Selma Rodrigues Alves Montefusco
Suzana Ferreira Alves
Sérgio Henrique Nascente Costa
Thaiza Dias dos Anjos
Vinicius Barreto da Silva
Vivianny Aparecida Queiroz Freitas
Xisto Sena Passos