Perfil epidemiológico de mortalidade por neoplasias do trato digestivo no Brasil

  • Autor
  • Giovanna Pereira Bertholucci
  • Co-autores
  • Júlia Fonseca Carneiro , Camila de Assunção Martins , Mariana de Oliveira Andrade , Pedro Paulo Rodrigues Macêdo , Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
  • Resumo
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    Introdução: Os tumores do aparelho digestivo representam, juntos, uma grande fração dos tumores humanos. São praticamente incuráveis, quando se apresentam disseminados pelo organismo. Por esse motivo, faz-se necessário promover o rastreamento precoce com o intuito de diagnosticar esta neoplasia na sua fase inicial, aumentando, assim, a possibilidade de cura ou a melhoria da condição de sobrevida, quando a cura não for possível. Objetivos: Analisar o perfil de mortalidade, por neoplasias do trato digestivo, no Brasil, segundo faixa etária, etnia e nível de escolaridade, no período de 2015 a 2019. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico descritivo, acerca do número de óbitos, por neoplasias do trato digestivo, no Brasil, considerando as variáveis sociodemográficas, como: idade, etnia e escolaridade. Para as etnias, têm-se: branca, preta, parda, amarela e indígena; e para os níveis de escolaridade: nunca estudou, 1 a 3 anos, 4 a 7 anos, 8 a 11 anos, acima de 12 anos de estudo e ignorado. Foram extraídos dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), por meio do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), nos anos de 2015 a 2019. Resultados: No período analisado, houve 357.017 óbitos, por neoplasias malignas do trato digestivo, no Brasil. A região Sudeste foi a mais acometida, com 174.575 (48,9%) óbitos, e a região Norte, a menos acometida, com 17.618 (5,0%) mortes. As regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste apresentaram, respectivamente, às seguintes taxas de óbitos: 20,4% (n=72.891), 19,5% (n=69.474) e 6,2% (n=22.459). O sexo masculino superou o feminino, em relação ao número óbitos, com o registro de 201.400 (56,4%) casos. Em relação à faixa etária, observou-se que indivíduos de 60 a 69 anos foram os mais acometidos, com 26,7% (n=95.438) dos óbitos, e aqueles, com faixa etária menor que 1 ano, apresentaram a menor taxa de óbitos, por neoplasias malignas do trato digestivo (0,02%; n=42). Em relação à etnia, ocorreu a maior prevalência de mortalidade em pacientes brancos (56,3%) e a menor, em pacientes indígenas (0,2%). Para o nível de escolaridade, houve maior incidência em indivíduos com grau de instrução entre 1 e 3 anos de estudo (24,5%). Conclusão: O perfil de mortalidade, por câncer do trato digestivo, mostra a importância dessa neoplasia no cenário nacional. Com isso, faz-se necessário maior investimento em medidas estruturais de inclusão social, com a difusão dos programas de rastreamento e prevenção, dessa neoplasia, voltados, principalmente, para homens, idosos, com baixo nível de escolaridade e em situação de vulnerabilidade social, como forma de proporcionar a promoção à saúde e obter redução na mortalidade por esta neoplasia em particular.

     

  • Palavras-chave
  • Neoplasia digestiva; Epidemiologia; Mortalidade.
  • Área Temática
  • Oncologia
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O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia da Liga Acadêmica de Oncologia e Hematologia (LAOH) é uma iniciativa de seus membros em parceria com docentes e colaboradores a fim de promover a realização de um evento acadêmico científico de relevância que contribua para fortalecer os tripés ensino-pesquisa-extensão. 

O objetivo central deste evento, além de complementar a formação e aprendizado dos participantes, é contribuir para a disseminação e fortalecimento do âmbito da Oncologia e Hematologia por meio de atividades científicas com contribuições para a realidade local. Além disso, tem o intuito solidário de doação à instituições que lutam contra o câncer.


O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia foi um evento sem fins lucrativos, visto que todo o dinheiro arrecado foi destinado à doações para as seguintes instituições:  Hospital Araújo Jorge e a Casa de Apoio São Luiz.


Realizado entre os dias 28 e 29 de setembro de 2020 na modalidade virtual em função da pandemia pelo novo coronavírus, o congresso contou com a presença de profissionais e pesquisadores renomados de todo o Brasil que contribuíram demasiadamente através das palestras, troca de experiências e orientações científicas aos participantes.

  • Clínica Médica
  • Oncologia
  • Hematologia
  • Clínica Cirúrgica
  • Temas Livres

Comissão Organizadora

Camila de Assunção Martins
Paula Pacheco Katopodis
ABLAM Nacional
Bárbara de Magalhães Souza Gomes
Joaquim Ferreira Fernandes
Mariana da Silveira Castro
Mariana de Oliveira Andrade
Wanessa Medeiros Pimenta
Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva

Comissão Científica

Coordenador Docente: Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva

Ana Carolina de Castro Mendonça Queiroz
Ana Karolina Lopes
Ana Lúcia Teixeira de Carvalho Zampieri
Andressa Santana Santos
Antônio da Silva Menezes Júnior
Aroldo Vieira de Moraes Filho
Carla Danielle Dias Costa
Clayson Moura Gomes
Cláudio Quintino de Lima Junior
Cristiene Costa Carneiro
Daiane de Oliveira Cunha
Daniel Rodrigues de Bastos
Edna Joana Claudio Manrique
Elisângela Gomes da Silva
Fernanda de Oliveira Feitosa de Castro
Flávio Monteiro Ayres
Frank Sousa Castro
Fábio Silvestre Ataides
Gésner José de Almeida Filho
Hermínio Mauricio da Rocha Sobrinho
Isabel Cristina Carvalho Medeiros Francescantonio
Isabela Cinquini Junqueira
Jacqueline Andréia Bernardes Leão-Cordeiro
Jalsi Tacon Arruda
Laiza Alencar Santos Barros
Larisse Silva Dalla Libera
Leonardo Luiz Borges
Lorenna Rocha Lobo e Silva Mamede
Lucas Luiz de Lima Silva
Marco Aurélio Cândido de Melo
Marcos Vinícius Milki
Marcus Vinícius Paiva de Olveira
Nathália Amaral Nogueira
Poliana Peres Ghazale
Pollyanna Silva
Renata de Bastos Ascenço Soares
Roseneide Aparecida Conde
Selma Rodrigues Alves Montefusco
Suzana Ferreira Alves
Sérgio Henrique Nascente Costa
Thaiza Dias dos Anjos
Vinicius Barreto da Silva
Vivianny Aparecida Queiroz Freitas
Xisto Sena Passos