A contracepção em tempos de COVID-19

A contracepção em tempos de COVID-19

• Autor
• Ana Carolina Tocantins Albuquerque
• Co-autores
• Nívea Maria Carvalho Coutinho , Gabriela Milhomem Ferreira , Luiz Felipe Castro Vaz Poloniato , Marcela Ribeiro Goulart , Marília Karolyne Dias Pires
• Resumo

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  Introdução: A síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2), foi declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em janeiro de 2020, como uma emergência de saúde global. Com os recursos de saúde sendo utilizados em prol da pandemia do COVID- 19, e o atendimento emergencial ocupando tempo, recurso e instalações normalmente usadas para atendimento de rotina, a saúde sexual e reprodutiva (SSR) passa a ser negligenciada. A dificuldade do acesso a suprimentos e serviços anticoncepcionais leva a um aumento de gravidezes não planejadas adicionais, abortos inseguros e mortes resultantes, além do não conhecimento dos efeitos do vírus na gravidez. Portanto, essa brusca displicência com o serviço de SSR apresenta-se como desafio significativo para profissionais de saúde e mulheres em idade reprodutiva. Objetivo: O objetivo desse estudo foi analisar o impacto da COVID-19 na contracepção anticoncepcional. Método: Realizou-se uma revisão integrativa através de pesquisa realizada nas seguintes bases de dados: SciELO e Google Acadêmico. Foram incluídos 4 artigos originais de alto impacto. Os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) foram utilizados na seleção dos artigos: COVID-19, Métodos Anticoncepcionais, Contracepção. Resultados: Surtos infecciosos tem o potencial de devastar programas de planejamento familiar, o qual representa um pilar na redução da morte materna em associação com atendimento pré-natal, parto seguro e cuidados pós-natal. O uso de métodos contraceptivos permite aos casais e aos indivíduos exercerem o direito básico de decidir, de forma livre e responsável se, quando e quantas crianças terão. No entanto, diante da Pandemia do COVID-19, os pacientes encontram-se confinados e os profissionais de saúde sob risco de infecção, o que, consequentemente, diminui o aconselhamento reprodutivo, aumenta as gravidezes não planejadas e coloca em risco a contaminação do feto pelo vírus. Alguns desfechos obstétricos adversos já foram descritos em mulheres com pneumonia por Covid-19, como rotura prematura de membranas, parto prematuro, crescimento intrauterino restrito, alteração do bem-estar fetal e descolamento prematuro de placenta. Ainda assim, não é possível fazer relação causa-efeito. O risco de transmissão vertical e efeitos no feto ainda são pouco conhecidos. Em razão disso, é necessário garantir a todas as mulheres acesso adequado aos métodos anticoncepcionais e informações de alta qualidade sobre eles. Conclusão: Uma vez que existe um risco importante de aumento de gravidezes não planejadas durante a pandemia COVID-19, é necessário que os serviços de SSR como um serviço prioritário, com ênfase na contracepção e na proteção das mulheres. É essencial que a população esteja ciente e estabeleça vínculos entre o COVID-19 e a saúde da mulher.

   

• Palavras-chave
• COVID-19, Métodos Anticoncepcionais, Contracepção.
• Área Temática
• Clínica Médica

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