Distribuição dos óbitos por câncer de cólon e reto na população brasileira: uma abordagem epidemiológica

Distribuição dos óbitos por câncer de cólon e reto na população brasileira: uma abordagem epidemiológica

• Autor
• Thaís Cunha Aguiar Gomes
• Co-autores
• Rafaella Quirino Alcântara , Joaquim Ferreira Fernandes , Luiza Ferro Marques Moraes , Paula Pacheco Katopodis , Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
• Resumo

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  Introdução: O câncer colorretal é uma neoplasia que acomete o intestino grosso (cólon) e/ou reto. Sua incidência, no Brasil, em homens, é menor somente que a incidência de câncer de próstata, enquanto, nas mulheres, a incidência só perde para o câncer de mama; sendo a terceira causa de mortalidade, por câncer, em ambos os sexos. Os sintomas mais prevalentes são: alteração do hábito intestinal e emagrecimento, estando ambos presentes, em cerca de 75% dos casos; seguidos de dor abdominal, hematoquezia e anemia. Os principais fatores de risco para o câncer colorretal incluem: o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, a ingestão de gordura animal, o tabagismo e o sedentarismo. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico de mortalidade, por neoplasia maligna de cólon e reto, segundo as regiões brasileira, no período de 2015 a 2018, analisando sexo, faixa etária e etnia. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico descritivo, em que foram utilizados dados secundários extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, por meio do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM/DATASUS), acerca dos óbitos, por câncer de cólon e reto, no Brasil, segundo suas regiões, considerando as seguintes variáveis: sexo, faixa etária e etnia, no período de 2015 a 2018. Resultados: No período avaliado, foram observados 65.683 óbitos, por câncer de cólon e reto, sendo que o ano de 2018 teve maior frequência de mortes (26,7%; n=17.565), enquanto, o ano de 2015 apresentou a menor frequência (23,1%; n=15.169). A região Sudeste foi a que apresentou o maior número de óbitos (n=36.026), seguida pelas regiões: Sul (n=13.300), Nordeste (n=9.772), Centro-Oeste (n=4.420) e, por fim, a Região Norte (n=2.188). A mortalidade foi mais comum no sexo feminino, com 50,5% (n=33.180) dos óbitos. A faixa etária de 70 a 79 anos foi a que apresentou maior percentual de mortes (25,1%), seguida do grupo etário de 60 a 69 anos (25,0%). Vale salientar que os óbitos em pacientes, com mais de 60 anos, representam 72,3% dos óbitos e 88,8%, em pacientes com mais de 50 anos. Em relação a etnia, houve maior frequência nos indivíduos brancos, com 64,2% (n=42.150) do total; seguida pelos pardos, com 25,6% (n=16.816); enquanto, a menor frequência ocorreu em indígenas, 0,09% (n=64). Conclusão: Os óbitos, por neoplasias malignas de cólon e reto, foram heterogêneos nas regiões brasileiras, sendo a região Sudeste a mais afetada. Além disso, constatou-se que o número de mortes foi mais prevalente em indivíduos de etnia branca e de idade mais avançada, sendo, portanto, fatores de risco significativos. Com o perfil de mortalidade, foi possível perceber a importância dessa neoplasia, no cenário nacional. Assim, faz-se necessário maior investimento em medidas de prevenção do câncer de cólon e reto, para reduzir a mortalidade por essa neoplasia, no Brasil.

• Palavras-chave
• Neoplasias, Epidemiologia, Mortalidade.
• Área Temática
• Oncologia

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