Saúde mental dos familiares de pacientes oncológicos

Saúde mental dos familiares de pacientes oncológicos

• Autor
• Daniel Reis Correia
• Co-autores
• Lais Sousa da Silva , Renata Oliveira Caetano , Lara Lelis Dias , Thaís Bitencourt Faria , Beatriz Santana Caçador
• Resumo

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  Introdução: O câncer é uma patologia multifatorial que, até o presente momento, apresenta-se de forma muito complexa para a ciência e os profissionais especializados. Assim, as redes de atenção à saúde revelam uma grande preocupação em oferecer atenção qualificada e humanizada ao paciente oncológico e seus entes, provendo o devido cuidado para que estes não se sintam aterrorizados por essa enfermidade tão estigmatizada. Entende-se que, a partir do instante no qual os sinais e sintomas se tornam evidentes, a família tem um importante papel na identificação destes e no incentivo a procura de atendimento, a fim de diagnosticar e propor tratamentos para neoplasia. Ademais, a família é a principal rede de apoio do paciente no processo de tratamento. Entretanto, o desafio de reconhecer e enfrentar essa doença pode ser assustador devido aos sentimentos de sofrimento, angústia, insegurança e incerteza que acompanham a fragilidade durante o processo de cuidar, causando complicações físicas e mentais, afetando os membros da família em diferentes níveis durante essa experiência. Interroga-se, dessa forma: Qual a percepção sobre a saúde mental dos familiares de pacientes oncológicos? Objetivo: Compreender, na literatura, a percepção dos familiares em relação às fragilidades em sua saúde mental decorrentes do diagnóstico e do tratamento de pacientes oncológicos. Metodologia: Revisão da literatura realizada em cinco bases de dados (LILACS, BDENF, MEDLINE, CUMED, Index Psicologia), via portal Biblioteca Virtual da Saúde. Foram encontrados 25 artigos publicados em português, nos últimos cinco anos, a partir dos descritores: “saúde mental”, “oncologia” e “família”. Destes, foram incluídos 9 para leitura na íntegra, sendo escolhidos 4 com base nos critérios de avaliação. Resultados: A análise do referencial teórico permitiu inferir que o processo de cuidar do paciente oncológico perpassa pela inclusão da família como elemento integrativo e participativo na pré, trans e pós-intervenção terapêutica. Desse modo, a participação dos familiares é fundamental na compreensão das especificidades do paciente que carecem de cuidado, afeto e prazer ao defrontar temores em relação ao risco de vida e dos momentos de esperança durante o ato de cuidar. Além disso, apesar do foco e do objetivo comum entre as esferas incluídas nesse processo, os aspectos emocionais experimentados pelos entes são carregados de sentimentos antagônicos que oscilam de indivíduo a indivíduo, ao perceber a realidade do câncer de formas distintas, porém interconectadas, podendo afetar o bem-estar físico-emocional quando este é atrelado às crenças, valores e adaptações individuais. Por fim, o apoio dos profissionais da saúde deve se pautar em minimizar as adversidades negativas provenientes dessa doença na vida do paciente e de seus familiares, oferecendo apoio emocional e psicológico no decorrer da evolução da mesma. Conclusão: Permitiu-se compreender acerca da relação do surgimento da neoplasia e dos seus impactos na saúde mental dos familiares do paciente acometido. Por consequência, as experiências derivadas dos aspectos psicossociais e emocionais, com o portador de câncer, influenciam na percepção do indivíduo, participante do núcleo familiar, e nos sentimentos resultantes desde a descoberta sintomatológica até a aceitação e realização do tratamento, motivada pela reorganização pessoal e familiar no cuidado.

• Palavras-chave
• Família; Oncologia; Saúde Mental.
• Área Temática
• Oncologia

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