O papel do enfermeiro no cuidado de pessoas idosas com reincidência de câncer

O papel do enfermeiro no cuidado de pessoas idosas com reincidência de câncer

• Autor
• Daniel Reis Correia
• Co-autores
• Lais Sousa da Silva , Renata Oliveira Caetano , Ana Clara Reis Cruz , Lara Lelis Dias , Beatriz Santana Caçador
• Resumo

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  Introdução: O câncer é uma doença crônica não transmissível de causas externas e internas ao organismo que podem, ou não, estar ligadas ao envelhecimento natural do ser humano, torna-o mais suscetível ao processo cancerígeno. Assim, tanto o câncer quanto o envelhecimento necessitam de atendimento/tratamento específico e de enfermeiros qualificados para o desenvolvimento do cuidado. Considerando a população idosa, mesmo após diagnóstico e terapêutica eficientes, existem casos em que o tumor pode voltar a se manifestar, retornando consigo sentimentos ruins, os quais abalam a vida de um paciente que outrora já experimentou esse estado de doença. Assim, questiona-se: Qual o papel do enfermeiro no cuidado de pessoas idosas com reincidência de câncer? Objetivo: Conhecer o papel do enfermeiro no cuidado de pessoas idosas com reincidência de câncer. Métodos: Revisão da literatura realizada em quatro bases de dados (LILACS, BDENF, MEDLINE, Coleciona SUS), via portal Biblioteca Virtual da Saúde. Foram encontrados 81 artigos publicados em português, nos últimos cinco anos, a partir dos descritores: “idoso”, “oncologia” e “enfermagem”. Destes, foram incluídos 7 para leitura na íntegra, sendo escolhidos 3 com base nos critérios de avaliação. Resultados: A análise do referencial teórico permitiu inferir que o papel do enfermeiro no cuidado a pessoa idosa, após o diagnóstico de reincidência de câncer, deve se basear no conhecimento prévio do indivíduo, advindo da experiência com a neoplasia primária. Neste sentido, o profissional também tem que se orientar quanto ao tratamento anterior e em qual será sua nova terapêutica oncológica. Além disso, o enfermeiro precisa reconhecer as fragilidades resultantes da carga emocional decorrente dessa doença, na vida do paciente e de seus familiares, e propor estratégias que tornem a intervenção menos excruciante, visando à diminuição do tempo de internação hospitalar e a proximidade familiar inserida nesse cuidado. Outrossim, considera-se que o envelhecimento é um processo inerente à vida e envolve mudanças nos aspectos biopsicossociais que refletem na situação de saúde-doença dessa população. Por consequência, cabe ao profissional enfermeiro promover planos de cuidados que objetivem a manutenção da qualidade de vida, tanto na esfera física quanto mental. Entretanto, é importante saber enfrentar um possível processo de morte proveniente desse diagnóstico, ao proceder com os efeitos que este causa no núcleo familiar do paciente oncogeriátrico. Todavia, o aprendizado a respeito da finitude se encontra fragilizado na formação do enfermeiro, o qual só desenvolve essa competência após experiências proporcionadas no próprio ambiente de trabalho. Conclusão: Compreendeu-se o papel do enfermeiro no cuidado a pessoa idosa com reincidência de câncer, bem como os sentimentos experimentados por estes pacientes e as especificidades decorrentes do atendimento de enfermagem à essa população. A terapêutica oncológica provoca alterações físicas e emocionais no indivíduo, e os enfermeiros necessitam ressaltar e estimular a importância da participação familiar nesse processo de cuidado, considerando as possibilidades derivadas do primeiro contato com a doença e no esforço repetido para resistir a essa morbidade. Por fim, faz-se necessária a produção de mais trabalhos sobre essa temática, devido à escassez de artigos publicados em português que contemplem esse assunto.

• Palavras-chave
• Enfermagem; Idoso; Oncologia.
• Área Temática
• Oncologia

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