Introdução: O câncer de colo uterino é a quarta causa de mortalidade feminina no Brasil. Está relacionado à infecção persistente do Papilomavírus Humano, sendo que 70% dos casos são causados pelos subtipos oncogênicos HPV-16 e 18, os quais podem causar lesões que, se não tratadas, podem progredir para o câncer. Diante disso, entende-se que entre os fatores de risco para a doença está principalmente a localização, já que afeta principalmente regiões menos desenvolvidas onde há menor acesso e conhecimento acerca da importância da prevenção. Por se tratar de um sério agravo de saúde pública, o monitoramento das tendências de mortalidade é essencial para demonstrar a relevância da conscientização e a necessidade de melhora do acesso ao rastreamento nas áreas menos desenvolvidas, a fim de gerar melhor qualidade de vida à mulher. Objetivo: Analisar as taxas de mortalidade por câncer do colo uterino no Brasil, no período de 2000 a 2018, segundo as variáveis de sexo e localização. Método: Estudo epidemiológico descritivo observacional baseado em dados coletados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), através do aplicativo TABNET. Os dados foram acessados dia 02 de setembro de 2020. Foram analisados dados acerca dos óbitos decorrentes do câncer de colo uterino no Brasil, no período de 2000 a 2018, cuja seleção baseou-se na lista CID10 C53. Os dados foram estratificados segundo sexo (feminino) e pelas unidades da federação do Brasil. Resultados: Houve, no recorte temporal analisado, uma discrepância extremamente significativa nas taxas ajustadas de mortalidade por câncer de colo de útero nas unidades federativas brasileiras, o estado do Amazonas lidera com uma taxa de 16,10% a cada 100.000 mulheres que é 12,85% maior que a taxa do estado de Minas Gerais, que é de 3,25%. A relação com as regiões também é válida, visto que os valores costumam seguir um padrão, região Norte (Amazonas com 16,10%, Amapá com 11,58%, Roraima com 9,64%, Pará com 8,69%, Tocantins com 8,41%, Acre com 8,25% e Rondônia com 6,07%); região Nordeste (Maranhão com 9,42%, Piauí com 7,06%, Sergipe com 6,67%, Alagoas com 5,61%, Pernambuco com 5,61%, Rio Grande do Norte com 4,59%, Ceará com 5,57%, Paraíba com 4,36% e Bahia com 4,28%); Região Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul com 6,83%, Mato Grosso com 5,96%, Goiás com 5,37% e Distrito Federal com 5,26%); Região Sudeste (Rio de Janeiro com 6,07%, Espirito Santo com 5,14%, São Paulo com 3,33% e Minas Gerais com 3,25%); Região Sul (Paraná com 4,89%, Rio Grande do Sul com 4.59% e Santa Catarina com 4,20%). Conclusão: A partir desses dados, pode-se concluir que há uma relação direta entre fatores sociais e econômicos com o número de internações por câncer de colo uterino em mulheres brasileiras. Nota-se que as unidades federativas do Brasil que apresentam piores condições sociais e de saúde são exatamente as que detêm os piores índices, o que confirma a necessidade de boas condições de saúde e informação de qualidade para o combate ao câncer de colo uterino no Brasil.
O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia da Liga Acadêmica de Oncologia e Hematologia (LAOH) é uma iniciativa de seus membros em parceria com docentes e colaboradores a fim de promover a realização de um evento acadêmico científico de relevância que contribua para fortalecer os tripés ensino-pesquisa-extensão.
O objetivo central deste evento, além de complementar a formação e aprendizado dos participantes, é contribuir para a disseminação e fortalecimento do âmbito da Oncologia e Hematologia por meio de atividades científicas com contribuições para a realidade local. Além disso, tem o intuito solidário de doação à instituições que lutam contra o câncer.
O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia foi um evento sem fins lucrativos, visto que todo o dinheiro arrecado foi destinado à doações para as seguintes instituições: Hospital Araújo Jorge e a Casa de Apoio São Luiz.
Realizado entre os dias 28 e 29 de setembro de 2020 na modalidade virtual em função da pandemia pelo novo coronavírus, o congresso contou com a presença de profissionais e pesquisadores renomados de todo o Brasil que contribuíram demasiadamente através das palestras, troca de experiências e orientações científicas aos participantes.
Comissão Organizadora
Camila de Assunção Martins
Paula Pacheco Katopodis
ABLAM Nacional
Bárbara de Magalhães Souza Gomes
Joaquim Ferreira Fernandes
Mariana da Silveira Castro
Mariana de Oliveira Andrade
Wanessa Medeiros Pimenta
Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
Comissão Científica
Coordenador Docente: Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
Ana Carolina de Castro Mendonça Queiroz
Ana Karolina Lopes
Ana Lúcia Teixeira de Carvalho Zampieri
Andressa Santana Santos
Antônio da Silva Menezes Júnior
Aroldo Vieira de Moraes Filho
Carla Danielle Dias Costa
Clayson Moura Gomes
Cláudio Quintino de Lima Junior
Cristiene Costa Carneiro
Daiane de Oliveira Cunha
Daniel Rodrigues de Bastos
Edna Joana Claudio Manrique
Elisângela Gomes da Silva
Fernanda de Oliveira Feitosa de Castro
Flávio Monteiro Ayres
Frank Sousa Castro
Fábio Silvestre Ataides
Gésner José de Almeida Filho
Hermínio Mauricio da Rocha Sobrinho
Isabel Cristina Carvalho Medeiros Francescantonio
Isabela Cinquini Junqueira
Jacqueline Andréia Bernardes Leão-Cordeiro
Jalsi Tacon Arruda
Laiza Alencar Santos Barros
Larisse Silva Dalla Libera
Leonardo Luiz Borges
Lorenna Rocha Lobo e Silva Mamede
Lucas Luiz de Lima Silva
Marco Aurélio Cândido de Melo
Marcos Vinícius Milki
Marcus Vinícius Paiva de Olveira
Nathália Amaral Nogueira
Poliana Peres Ghazale
Pollyanna Silva
Renata de Bastos Ascenço Soares
Roseneide Aparecida Conde
Selma Rodrigues Alves Montefusco
Suzana Ferreira Alves
Sérgio Henrique Nascente Costa
Thaiza Dias dos Anjos
Vinicius Barreto da Silva
Vivianny Aparecida Queiroz Freitas
Xisto Sena Passos