Morbidade e mortalidade por câncer de mama, no estado de Goiás, entre 2014 e 2019: um estudo epidemiológico

Morbidade e mortalidade por câncer de mama, no estado de Goiás, entre 2014 e 2019: um estudo epidemiológico

• Autor
• Luizi Carolina Bigarella ALves
• Co-autores
• Laura Araújo de Carvalho , Geovanna Silva Nunes Marçal , Maria Luiza Martins de Faria , Rodrigo Teixeira Zaiden
• Resumo

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  Introdução:   O câncer de mama é um relevante problema de saúde pública tanto em países desenvolvidos como em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. De acordo com a OMS, ele é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e a forma mais comum entre as mulheres. No Brasil, segundo o INCA, em 2019, foram estimados 59 700 casos novos de câncer de mama, o que representa uma taxa de incidência de 51,29 casos por 100 000 mulheres. É importante salientar que o diagnóstico precoce, feito pela mamografia, aumenta consideravelmente as chances de cura dessa doença, chegando a 95%. Enquanto o Ministério de Saúde preconiza o rastreamento anual em mulheres acima de 50 anos, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda mamografia bianual em mulheres acima de 40 anos. Objetivos: Analisar a morbidade e a mortalidade por câncer de mama em Goiás, salientando a relevância da prática da mamografia anual a partir dos 40 anos, buscando reduzir a mortalidade por câncer de mama. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo, cujo os dados foram coletados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), com os seguintes aspectos analisados: número de internações por sexo, faixa etária e ano de processamento e número de óbitos por sexo, faixa etária e ano de processamento, ambos no período de 2014 a 2019 por câncer de mama em Goiás.  Resultados: Houve 8 661 internações por câncer de mama, no estado de Goiás, no período analisado. O ano de 2017 apresentou o maior índice de morbidade, com 1 677 internações, seguido pelo ano de 2016 com 1 604 internações. Em Goiás, 98,14% do total de internações eram do sexo feminino, e a faixa etária que apresentou o maior número de internações foi a de 50 a 59 anos, seguida pela faixa etária de 40 a 49 anos, com 2 407 e 2 244 internações, respectivamente. Juntas, as duas faixas etárias totalizam 53,70% de todos os indivíduos internados entre 2014 e 2019. Quanto ao número de óbitos por câncer de mama, no estado de Goiás, neste período, houve 665 óbitos, tendo ocorrido um aumento crescente ao longo dos anos analisados. Enquanto o ano de 2014 obteve o menor índice de mortalidade, 2019 apresentou o maior índice. As faixas etárias de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos mostraram o maior número de óbitos. Ademais, o sexo feminino apresentou 653 óbitos, ao passo que o sexo masculino apresentou 12 óbitos. Conclusão: O número de internações e de óbitos por câncer de mama, em Goiás, entre 2014 e 2019 foi significativamente maior no sexo feminino, considerado um dos mais importantes fatores de risco para a doença. Além disso, embora a faixa etária de 50 a 59 anos tenha apresentado os maiores valores de internações e de óbitos, a faixa etária de 40 a 49 anos esteve logo atrás, mostrando que, a mamografia anual de câncer de mama em mulheres a partir dos 40 anos pode ser uma importante ferramenta no diagnóstico precoce e na redução da mortalidade pela doença.

   

• Palavras-chave
• Câncer de mama; Epidemiologia; Goiás.
• Área Temática
• Oncologia

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