Acidente Vascular Cerebral Isquêmico: o desenrolar da isquemia e os impactos no Sistema Nervoso Central e na vida do paciente

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico: o desenrolar da isquemia e os impactos no Sistema Nervoso Central e na vida do paciente

• Autor
• Carlos Augusto Santos Franco
• Co-autores
• Ize Amanda Pereira Marques , Sílvia Fernanda Pereira Marques , Thales Sales Cavalcante , Ana Carolina Albernaz Barbosa
• Resumo

• Introdução: A isquemia é definida como uma redução do fluxo sanguíneo que acontece geralmente devido a uma obstrução mecânica arterial ou por reduzir a drenagem venosa.  Trata-se, portanto, de um exemplo de agressão celular que resulta obrigatoriamente em uma hipóxia. Assim, ao se tratar do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), popularmente conhecido por derrame, sabe-se que com a falta de irrigação sanguínea numa determinada área do cérebro, há comprometimento no fornecimento de substratos, causando lesões no Sistema Nervoso Central (SNC) e morbimortalidade na vida do paciente. Porém, há fatores modificáveis que podem contribuir para que, conhecendo os fatores de risco dessa patologia, estratégias de prevenção primária e secundária melhorem o autocuidado desse evento vascular. Objetivo: Discutir sobre a isquemia relacionada ao Acidente Vascular Cerebral Isquêmico destacando a causa, fatores de risco modificáveis, comprometimentos no SNC e impacto na vida do paciente. Método: Trata-se de revisão sistemática da literatura, realizada por meio da pesquisa de artigos científicos, nas bases de dados SciELO, com os descritores: “Hipóxia”, “Isquemia Cerebral” e “Sistema Nervoso Central” publicados nos períodos entre 2016 e 2020, em língua portuguesa. Foram encontrados 15 artigos, dos quais, foram lidos os títulos e resumos. Como critérios de inclusão foram considerados artigos de revisões de literatura que abordassem o tema proposto. Após leitura das publicações na íntegra, cinco artigos foram considerados elegíveis para a elaboração do presente estudo. Resultados: Seguindo a análise da definição do processo isquêmico e seu comprometimento na área celular, podemos classificar essa isquemia como uma necrose do tipo liquefativa, cuja caracterização é o comprometimento do tecido neural devido à autólise e/ou heterólise do local, iniciando uma formação de massa viscosa líquida devido à ação de enzimas linfáticas que entram em contato com o meio extracelular. Dessa maneira, a isquemia também compromete o fornecimento de substratos para a glicose porque o metabolismo aeróbico comprometido nos tecidos isquêmicos e a geração de energia aeróbica cessam depois que os substratos glicolíticos são exauridos ou quando a glicólise é inibida pelo acúmulo de metabólitos que normalmente seriam removidos pelo fluxo sanguíneo. Por essa razão, a isquemia está mais propensa em causar lesão celular e tecidual de forma mais abrupta, resultando em impactos no organismo do indivíduo como sequelas, lesões graves no SNC, alterações sensoriais, sinais neurológicos ou até mesmo a morte. Entretanto, é possível se atentar a fatores como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, dislipidemias, obesidade, devido suas participações na fisiopatologia da doença para modificar e prevenir o desenvolvimento do AVCI. Conclusão: Após contextualizar e reforçar como ocorre o processo isquêmico no tecido neural em decorrência da hipóxia provocando lesões irreversíveis ou até mesmo óbito é preciso agir, principalmente, quando se sabe que o paciente é diabético, hipertenso ou apresentar outras queixas modificáveis. Portanto, é importante compreender o desenrolar do processo isquêmico no AVCI, suas consequências evitando as complicações.

• Palavras-chave
• Hipóxia; Isquemia Cerebral; Sistema Nervoso Central.
• Área Temática
• Clínica Médica

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