Perfil epidemiológico de mortalidade por aborto no Brasil

  • Autor
  • Camila Puton
  • Co-autores
  • Bárbara Custódio Rodrigues da Silva , Bárbara de Magalhães Souza Gomes , Luiza Ferro Marques Moraes , Wanessa Medeiros Pimenta , Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
  • Resumo
  • Introdução: O abortamento é entendido como a interrupção da gravidez antes de atingida a viabilidade fetal. A Organização Mundial da Saúde estabelece, como limite para caracterizá-lo, a perda de conceptos de até 22 semanas ou 500 gramas. As palavras “abortamento” e “aborto”, algumas vezes, são utilizadas como sinônimos, porém “abortamento” refere-se ao procedimento e “aborto”, ao produto eliminado. O aborto pode ser natural, acidental, criminoso, legal ou permitido. Salvos os casos de estupro, indicação médica (quando a gravidez traz risco de vida para a mulher) ou quando o feto não possui condições de sobreviver, como anencefalia, o aborto, no Brasil, é ilegal. Porém, a criminalização não impede que 1 milhão de abortos induzidos aconteçam, muitos deles de forma clandestina. Por não haver fiscalização, essas práticas podem acabar impactando a saúde pública, levando à hospitalização de mais de 250 mil mulheres, por ano, cerca de 15 mil complicações e 5 mil internações de muita gravidade. O aborto inseguro causou a morte de 203 mulheres, em 2016, o que representa uma morte a cada 2 dias. Nos últimos 10 anos, foram duas mil mortes maternas por esse motivo, segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). O perfil social de mulheres, que mais morrem por aborto, no Brasil, é o de negras, jovens, solteiras e com até o ensino fundamental. Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico e social, considerando a faixa etária e a região demográfica, do aborto, no Brasil. Métodos: Pesquisa epidemiológica descritiva quantitativa, em que foi utilizada a plataforma DATASUS para obtenção dos dados. A análise foi feita a partir da busca do número de óbitos, por residência, em decorrência de qualquer tipo de aborto, segundo faixa etária e região, no período de 2015 a 2018. Resultados: A região que mais apresentou óbitos, por aborto, foi a Sudeste, seguida das regiões Nordeste e Norte. Em todas as regiões, a faixa etária mais acometida foi a de 20 a 29 anos, exceto na região Sudeste, onde a que se sobressaiu foi a de 30 a 39 anos. Uma observação importante é que a região que apresentou maior número de mortes, por aborto, na faixa etária dos 10 a 14 anos foi o Nordeste, sendo, também, a região a apresentar maior taxa de óbitos na faixa etária dos 40 a 49 anos. Conclusão: Levando em consideração a distribuição da população entre as regiões brasileiras, nota-se número de óbitos elevado na região Nordeste, além de possuir faixa etária mais ampla na sua distribuição de casos. Ao comparar os dados do DATASUS com os dados do Cofen, nota-se que há uma subnotificação desses casos na plataforma do DATASUS, demonstrando a necessidade de maior atenção a essas pacientes.

  • Palavras-chave
  • Aborto, Epidemiologia, Subnotificação.
  • Área Temática
  • Clínica Médica
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O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia da Liga Acadêmica de Oncologia e Hematologia (LAOH) é uma iniciativa de seus membros em parceria com docentes e colaboradores a fim de promover a realização de um evento acadêmico científico de relevância que contribua para fortalecer os tripés ensino-pesquisa-extensão. 

O objetivo central deste evento, além de complementar a formação e aprendizado dos participantes, é contribuir para a disseminação e fortalecimento do âmbito da Oncologia e Hematologia por meio de atividades científicas com contribuições para a realidade local. Além disso, tem o intuito solidário de doação à instituições que lutam contra o câncer.


O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia foi um evento sem fins lucrativos, visto que todo o dinheiro arrecado foi destinado à doações para as seguintes instituições:  Hospital Araújo Jorge e a Casa de Apoio São Luiz.


Realizado entre os dias 28 e 29 de setembro de 2020 na modalidade virtual em função da pandemia pelo novo coronavírus, o congresso contou com a presença de profissionais e pesquisadores renomados de todo o Brasil que contribuíram demasiadamente através das palestras, troca de experiências e orientações científicas aos participantes.

  • Clínica Médica
  • Oncologia
  • Hematologia
  • Clínica Cirúrgica
  • Temas Livres

Comissão Organizadora

Camila de Assunção Martins
Paula Pacheco Katopodis
ABLAM Nacional
Bárbara de Magalhães Souza Gomes
Joaquim Ferreira Fernandes
Mariana da Silveira Castro
Mariana de Oliveira Andrade
Wanessa Medeiros Pimenta
Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva

Comissão Científica

Coordenador Docente: Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva

Ana Carolina de Castro Mendonça Queiroz
Ana Karolina Lopes
Ana Lúcia Teixeira de Carvalho Zampieri
Andressa Santana Santos
Antônio da Silva Menezes Júnior
Aroldo Vieira de Moraes Filho
Carla Danielle Dias Costa
Clayson Moura Gomes
Cláudio Quintino de Lima Junior
Cristiene Costa Carneiro
Daiane de Oliveira Cunha
Daniel Rodrigues de Bastos
Edna Joana Claudio Manrique
Elisângela Gomes da Silva
Fernanda de Oliveira Feitosa de Castro
Flávio Monteiro Ayres
Frank Sousa Castro
Fábio Silvestre Ataides
Gésner José de Almeida Filho
Hermínio Mauricio da Rocha Sobrinho
Isabel Cristina Carvalho Medeiros Francescantonio
Isabela Cinquini Junqueira
Jacqueline Andréia Bernardes Leão-Cordeiro
Jalsi Tacon Arruda
Laiza Alencar Santos Barros
Larisse Silva Dalla Libera
Leonardo Luiz Borges
Lorenna Rocha Lobo e Silva Mamede
Lucas Luiz de Lima Silva
Marco Aurélio Cândido de Melo
Marcos Vinícius Milki
Marcus Vinícius Paiva de Olveira
Nathália Amaral Nogueira
Poliana Peres Ghazale
Pollyanna Silva
Renata de Bastos Ascenço Soares
Roseneide Aparecida Conde
Selma Rodrigues Alves Montefusco
Suzana Ferreira Alves
Sérgio Henrique Nascente Costa
Thaiza Dias dos Anjos
Vinicius Barreto da Silva
Vivianny Aparecida Queiroz Freitas
Xisto Sena Passos