Cuidados paliativos na oncologia pediátrica no Brasil: revisão sistemática

Cuidados paliativos na oncologia pediátrica no Brasil: revisão sistemática

• Autor
• Caroline de Lima Leandro
• Co-autores
• Luma Gabriella Santos Toledo , Geovana Passos Brito , Isabella Candida Vargas , Luciana Dorneles Siqueira , Geraldo Eustáquio da Costa Junior
• Resumo

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  Introdução: O câncer pediátrico corresponde de 2 a 3% dos tipos de câncer registrados, sendo a doença crônica com maior taxa de mortalidade entre 0 a 19 anos. O tratamento é traumático, envolvendo sofrimento não só para o paciente, mas também aos familiares, tornando fundamental, a partir do momento do diagnóstico convergir para os cuidados paliativos. Isso pode ser feito através do olhar integral, alívio do sofrimento físico, psicológico e social da criança, a fim de fornecer uma melhor qualidade de vida. Além disso, é evidente que a morte é um assunto que os pais e a criança têm dificuldade de enfrentar e conversar, sendo necessárias estratégias de cuidado individuais centradas na criança e no adolescente, estabelecendo comunicação com a família, buscando uma visão ampliada dos sujeitos. Adicionalmente, na oncologia pediátrica, o respeito à individualidade e a valorização do ser em sua totalidade são aspectos primordiais que guiam os profissionais. Objetivos: Descrever acerca dos cuidados paliativos, no Brasil, em pacientes oncopediátricos. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, com 21 artigos científicos. As bases de dados pesquisadas foram: PubMed e Scielo, utilizando-se os descritores: “paliative care AND pediatric oncology AND Brazil”. Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos e excluídos aqueles que não se referiam ao objetivo. Resultados: No Brasil, o câncer ocupa a segunda posição de óbitos em crianças e adolescentes, perdendo somente para mortes decorrentes de causas externas. Em geral, os tumores pediátricos apresentam um menor período de latência, são mais invasivos, mas possuem uma boa resposta ao tratamento e são de bom prognóstico. Porém, há casos em que o câncer não possui possibilidade de cura, nesses é importante a atuação de uma equipe multiprofissional de cuidados paliativos. Esse cuidado, na pediatria, tem como característica uma assistência ativa e holística tanto ao paciente quanto a sua família. Além disso, tem como finalidade o alívio de sintomas que provoquem desconforto e prejudique o bem-estar do paciente, sendo o principal deles a dor. Essa é abordada não só em seu aspecto físico, mas também como um reflexo da situação do paciente, assim inclui-se aspectos mentais e espirituais. Por fim, o cuidado paliativo permite ao paciente oncopediátrico um gerenciamento de fim da vida respeitoso em que se considera crenças, valores, relações e prioridades do paciente e de sua família e a partir disso há a formulação de um plano terapêutico individual. Conclusão: O cuidado paliativo busca oferecer uma melhor qualidade de vida ao paciente portador de uma doença sem possibilidade de cura e a seus familiares, através do tratamento da dor e outros sintomas quando vistos de forma integral. A equipe multidisciplinar é fundamental nesse tipo de cuidado a vida, uma vez que busca promover o conforto e o apoio ao paciente e seus entes queridos, possibilitando um fim de vida humanizado. 

   

• Palavras-chave
• Cuidados paliativos, oncologia, pediatria.
• Área Temática
• Oncologia

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