Hematúria e a correlação com cânceres de bexiga e de próstata

Hematúria e a correlação com cânceres de bexiga e de próstata

• Autor
• JESSICA THAYNNA RESENDE FIGUEIREDO
• Co-autores
• Paula Kathlyn de Oliveira , Carlos Nei Coquemala Júnior , Isabella Candida Vargas , Camilla Martins da Cunha , João Luiz Moura Vilela
• Resumo

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  Introdução: A hematúria é definida pela presença de sangue na urina, sendo classificada em macroscópica por sua coloração característica e uma contagem de 106 hemácias/ml ou microscópica, na qual ocorre a visualização de um valor ? 3 hemácias/campo de acordo com American Urological Association, pode ser acompanhada de sintomas ou assintomática, transitória ou persistente de acordo com a fase de micção. A macrohematúria é uma busca pelos médicos pediatras, nefrologistas ou urologistas, que pode estar correlacionada com a malignidade, principalmente os cânceres de bexiga e de próstata. Existem 3 tipos de câncer de bexiga: o carcinoma de células transicionais, o carcinoma de células escamosas e o adenocarcinoma. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) é uma das neoplasias mais comuns do trato urinário sendo 9º tipo mais incidente e mais prevalente nos homens e o câncer de próstata é o 2º mais comum. As manifestações clínicas no início são assintomáticas, mas com a evolução clínica da neoplasia podem apresentar: fraqueza, perda de apetite, perda de peso, disúria, urgência miccional, polaciúria e a hematúria. Objetivos: Avaliar a hematúria macroscópica e microscópica quando correlacionadas com as neoplasias, principalmente na bexiga e na próstata. Métodos: Trata-se de revisão sistemática da literatura, realizada por meio da base de dados do INCA e pesquisa de artigos científicos, nas bases de dados: Google Acadêmico e SciELO, com os descritores “Hematuria and bladder cancer” e “hematuria and prostate cancer”, publicados no período de 2014 e 2020, em língua inglesa e portuguesa. Foram encontrados 30 artigos, dos quais, foram lidos os títulos e resumos, após leitura das publicações na íntegra, 7 artigos foram selecionados para a revisão sistemática. Resultados: A presença da hematúria é comum no decorrer da prática clínica e pode estar correlacionada a neoplasias ocultas. Além disso, as neoplasias malignas do trato geniturinário estão em sua maioria presentes no sexo masculino, em pessoas com mais de 35 anos e o histórico de tabagismo. Dessa forma, quando um paciente chega com queixa de macrohematúria persistente e com fatores de risco registrados na anamnese, deve-se atentar para a possibilidade de uma neoplasia. A hematúria macroscópica indolor tem uma associação mais forte com câncer do que a sintomática que está mais frequente em litíase urinária e na infecção do trato urinário; a cistoscopia também pode ocasionar a hematúria. A macrohematúria tem o risco associado a malignidade entre 15% a 22% e a microhematúria assintomática o risco é de 2% a 11%, existe um algoritmo para investigação adaptada ao risco de microhematúria assintomática, dependendo da presença de fatores de risco para doenças relevantes, incluindo cânceres do sistema urinário. Por isso, a urinálise de rotina é importante para triagem dos pacientes, mas não é recomendada para detecção de câncer. Conclusão: Constata-se o quanto é importante uma investigação diagnóstica da hematúria para identificar as doenças com alta morbidade, principalmente tumores como o câncer de bexiga e de próstata associado aos pacientes têm idade avançada com os fatores de risco ou mesmo a realização de um diagnóstico diferencial.

   

• Palavras-chave
• Diagnóstico precoce; Macrohematúria; Neoplasias.
• Área Temática
• Oncologia

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