Sexo na terceira idade: a vulnerabilidade de idosos diante das infecções sexualmente transmissíveis

Sexo na terceira idade: a vulnerabilidade de idosos diante das infecções sexualmente transmissíveis

• Autor
• Vanessa Barbosa Virginio
• Co-autores
• Maria Graziele da Conceição , Rosemary da Silva Felipe , Sanívia Giovana Teófilo Lima , Nicole Soares Oliver Cruz
• Resumo

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  Introdução: A sexualidade é um aspecto importante do ser humano e representa a interação de vários elementos, incluindo o sexo, identidade e os papeis de gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução. Nesse sentido, o aumento da expectativa de vida aliado aos avanços tecnológicos, tratamentos hormonais e o uso de medicamentos que melhoram o desempenho sexual em idades mais avançadas, têm permitido redescobrir novas experiências e contribuído para o aumento da atividade sexual entre os idosos. Contudo, junto à sexualidade na terceira idade, aumentam as práticas sexuais inseguras, tornando os idosos mais vulneráveis a contaminar-se por infecções sexualmente transmissíveis (IST). Objetivos: Analisar e descrever os principais fatores associados para o aumento de infecções sexualmente transmissíveis entre a terceira idade. Métodos: Trata-se de um estudo bibliográfico descritivo do tipo revisão integrativa, no período de agosto a setembro de 2020, 10 artigos foram selecionados, completos em língua portuguesa, através das principais bases de dados: LILACS, SciELO e Google Acadêmico, publicados no período de 2010 a 2020. Como critério de inclusão, foram considerados artigos de trabalho de conclusão de curso, revisão sistemática e estudo quantitativo de corte transversal que abordassem o tema proposto. Após leitura das publicações na íntegra, 6 artigos foram considerados elegíveis para elaboração do presente estudo. Resultados: Os estudos apontam que o principal fator de risco para IST em idosos é a prática sexual sem proteção, devido a menor preocupação com concepção, constrangimento em adquiri-lo, dificuldades em manusear o produto, piora no desempenho sexual, incapacidade das mulheres em negociar o uso com o parceiro, estabilidade do relacionamento e submissão ao companheiro. Outros aspectos relacionados referem-se ao contexto histórico mistificado de que com o envelhecimento, o indivíduo se torna sexualmente inativo, incapaz de produzir atração em outras pessoas. Muitos profissionais da saúde também pensam dessa forma, valorizando apenas uma assistência de livre demanda de queixas pré-estabelecidas, o que prejudica o potencial de desenvolver ações preventivas em pacientes da terceira idade. Além disso, é possível notar que esse grupo está excluído das políticas públicas de promoção da saúde voltadas para esse tema. Pois, a falta de reconhecimento da sexualidade na terceira idade faz com que as campanhas sejam direcionadas para as populações mais jovens. Conclusão: Diante disto, os idosos são vulneráveis às diversas IST, e esse perfil se relaciona com a invisibilidade do sexo na velhice, ao uso de medicamentos para distúrbios eréteis, a pouca adesão ao uso de preservativos e a falta de políticas de prevenção e diagnóstico voltados para esse grupo. Existe, portanto, a necessidade de conscientizar os profissionais de saúde sobre as mudanças de comportamento e perfil epidemiológico na população idosa. Além de incentivar e estimular os projetos voltados à saúde da terceira idade, como também capacitar os profissionais para falar abertamente sobre a sexualidade com essa população, orientando como se proteger para que se diminua sua vulnerabilidade frente às infecções sexualmente transmissíveis.

   

• Palavras-chave
• Idoso; Infecções sexualmente transmissíveis; Sexualidade.
• Área Temática
• Clínica Médica

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