Perfil epidemiológico dos óbitos por linfoma não-Hodgkin notificados no Brasil

Perfil epidemiológico dos óbitos por linfoma não-Hodgkin notificados no Brasil

• Autor
• Raquel Rios de Castro Pontes
• Co-autores
• Christyan Polizeli de Souza , Isabel Cristina Borges de Menezes , Joaquim Ferreira Fernandes , Mercielle Ferreira Silva Martinelle , Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
• Resumo

• Introdução: Os linfomas não-Hodgkin (LNH) constituem um grupo heterogêneo de doenças clonais malignas, originadas por mutações somáticas nas células linfoides progenitoras, podendo surgir nos linfonodos (nodal) ou em locais como placas de Peyer, baço, tonsilas (extranodal). Os linfomas não-Hodgkin incluem várias doenças malignas linfoproliferativas, com diferentes aparências clínicas e histológicas. Nas últimas décadas, as taxas de incidência e mortalidade do LNH aumentaram, drasticamente, de forma constante e universal, com taxa de incidência geral, aumentando de 3 a 4%, ao ano. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológica do número de óbitos, por linfoma não-Hodgkin, no intervalo de tempo entre janeiro de 2012 a julho de 2020, no Brasil. Método: Trata-se de estudo epidemiológico, produzido a partir da coleta de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS). Foi analisado o número de óbitos, no Brasil, por linfoma não-Hodgkin, no período de janeiro de 2012 a julho de 2020; com delimitação de sexo, etnia e faixa etária, compreendendo ao intervalo de: 15 a 19 anos, 20 a 29 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos e 70 a 79 anos. Resultados: Verificou-se que o número de óbitos, por linfoma não-Hodgkin, no período avaliado, totalizou 11.516 casos. Quanto ao sexo, 58,1% dos óbitos ocorreram no sexo masculino, enquanto o feminino foi responsável por 41,9%. Em relação à faixa etária, o maior número de óbitos ocorreu em indivíduo com 60 a 69 anos (26,2%), seguida das faixas etárias de: 70 a 79 anos (21,9%); 50 a 59 anos (21,3%); 40 a 49 anos (12,5%); 30 a 39 anos (9,08%); 20 a 29 anos (6,57%) e 15 a 19 anos (2,5%). Relativo à etnia, houve predomínio da branca (55,9%), seguida das etnias: parda (39,8%) e preta (4,4%). Conclusão: A partir deste estudo epidemiológico, foi concluído que as taxas de mortalidade, por linfoma não-Hodgkin, foram, substancialmente, maiores em homens e em faixas etárias elevadas. Além disso, as etnias, branca e parda, apresentaram números significativos de óbitos, por LNH. Desse modo, o perfil epidemiológico, no Brasil, mostra-se essencial, como mecanismo para orientar e direcionar os profissionais de saúde, quanto ao manejo adequado, frente aos pacientes, com linfoma não-Hodgkin, e contribuir no processo de prevenção, diagnóstico e tratamento precoce e eficiente. 

• Palavras-chave
• Brasil, Linfoma não Hodgkin, perfil epidemiológico
• Área Temática
• Oncologia

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