Taxa de mortalidade e internações por neoplasia maligna do encéfalo: estudo epidemiológico

Taxa de mortalidade e internações por neoplasia maligna do encéfalo: estudo epidemiológico

• Autor
• Raquel Rios de Castro Pontes
• Co-autores
• Christyan Polizeli de Souza , Isabel Cristina Borges de Menezes , Joaquim Ferreira Fernandes , Mercielle Ferreira Silva Martinelle , Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
• Resumo

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  Introdução: Com a melhoria de exames, pode-se diagnosticar e acompanhar, de forma mais precisa, os tumores no sistema nervoso central (SNC). As neoplasias de SNC, apesar de raras, estão entre os tumores que levam ao óbito, mais rapidamente (1). Os pacientes com esses tumores podem apresentar: deficiência motora, cefaleia e convulsões. As localizações, mais frequentes, da neoplasia do encéfalo, são nos lobos frontal, temporal e parietal (2). Apesar de todos os avanços, no tratamento, como em cirurgias, radioterapias e quimioterapias, pode-se não haver melhora, significativa, no prognóstico de pacientes, diagnosticados tardiamente. Assim, é fundamental a realização do diagnóstico precoce (3). Objetivo: Descrever a taxa de mortalidade e número de internações, por neoplasia maligna do encéfalo, por Regiões Federativas do Brasil e faixa etária. Método: Estudo epidemiológico descritivo e observacional. Para a coleta dos dados, foi usado o DATASUS, por meio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Observou-se a taxa de mortalidade e a quantidade de internações, por neoplasia maligna de encéfalo, segundo regiões do Brasil e faixa etária, no período de janeiro de 2008 a julho de 2020. Para estatística inferencial, usou-se o software BioEstat® 5.3, aplicando-se o teste de correlação linear de Pearson, com o nível de significância de 5%. Resultados: A região Norte apresentou maior taxa de mortalidade (17,7%), seguida pelas regiões: Sudeste (14,6%) e Nordeste (13,3%). A faixa etária de 80 anos de idade ou mais apresentou maior taxa de mortalidade (28,7%), sendo que, na região Norte, essa faixa etária apresentou taxa de mortalidade de 43,0%. A segunda maior taxa, ao verificar a faixa etária e a região, foi da região sudeste, na faixa etária de 80 anos ou mais (33,1%), seguida pela faixa etária menor de 1 ano na região norte (31,4%). A região Sudeste apresentou o maior número de internações (n=71.327), seguida pelas regiões: Sul (n=38.753) e Nordeste (n=31.940). A faixa etária de 50 a 59 anos apresentou o maior número de internações (n=31.577), seguida pelas faixas etárias: de 60 a 69 anos (n=28.505) e de 40 a 49 anos (n=22.510). O teste de correlação linear de Pearson, revelou forte correlação positiva (r=0,9467; p=<0,0001), entre a idade e a taxa de mortalidade, por neoplasia maligna de encéfalo, o que significa que quanto maior a idade, maior a taxa de mortalidade. Conclusão: Percebeu-se, portanto, as regiões e as faixas etárias, com maior taxa de mortalidade e maior número de internações, por neoplasia maligna do encéfalo. Além disso, observou-se forte correlação positiva entre a idade e a taxa de mortalidade. Nesse contexto, faz-se necessário otimizar os recursos para o tratamento e a redução das taxas de mortalidade, levando em consideração as regiões que mais necessitam e as faixas etárias de risco.

• Palavras-chave
• Encéfalo, Epidemiologia, Neoplasia
• Área Temática
• Oncologia

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