Abordagem fisioterapêutica para tratamento do câncer de pele e complicações: revisão da literatura

Abordagem fisioterapêutica para tratamento do câncer de pele e complicações: revisão da literatura

• Autor
• Helena Thayanne Valdevino Marques
• Co-autores
• Caroline Alves Leite , Railda Shelsea Taveira Rocha do Nascimento
• Resumo

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  INTRODUÇÃO: O câncer de pele (CP) é o tipo de câncer mais incidente no Brasil, onde estima-se cerca de 177 mil novos casos a cada ano entre 2020 e 2022. É causado pelo crescimento anormal e descontrolado das células da pele, podendo ser dividido em câncer de pele melanoma (CPM), tipo mais raro e mais agressivo, e câncer de pele não melanoma (CPNM) que é mais frequente e menos agressivo. Os tratamentos envolvem cirurgia, destruição física com radioterapia, destruição química, como terapia fotodinâmica e agente tópicos quimicamente destrutivos, e terapia imunomoduladora. OBJETIVO: Identificar as alternativas de tratamentos fisioterapêuticos apresentados na literatura para o CP e suas complicações. MÉTODO: Este estudo trata-se de uma revisão de literatura realizada a partir de busca nas bases de dados Pubmed, BVS e Cochrane com os descritores  physical therapy modalities, physical therapy specialty, physiotherapy, skin neoplasms, cancer of skin e skin cancers. Após aplicação do filtro “últimos 5 anos”, 41 estudos foram identificados. A partir da avaliação por título, resumo e texto completo, 4 artigos foram selecionados por se enquadrarem nos objetivos deste trabalho. RESULTADOS: O principal método de tratamento descrito envolve a terapia fotodinâmica (TFD) que objetiva atingir lesões localizadas na superfície da pele a partir da aplicação de um agente fotossensibilizador que concentra-se nas células tumorais seguido pela aplicação de luz laser e LED, iniciando uma cascata de reações fotoquímicas que geram aumento do metabolismo local, o que altera o metabolismo do cálcio e lipídios e leva à produção de citocinas, proteínas quinases e ativação de fatores de transcrição, além de diminuição do aporte sanguíneo tumoral e ativação de uma resposta imunológica local. Esses efeitos levam à apoptose por via mitocondrial ou por via envolvendo ceramida ou receptores de morte. Estudos indicam, ainda, que a resposta inflamatória devido à TFD contribui para efeitos antitumorais e desenvolvimento de imunidade sistêmica. A fisioterapia também atua no tratamento de complicações decorrentes do CP ou de intervenções terapêuticas realizadas. Assim, um estudo abordou o tratamento de disfunção do nervo facial, principalmente do ramo mandibular marginal, após parotidectomia, cirurgia realizada para esvaziamento da glândula e linfonodos parotídeos, que no caso, foram invadidos pelo CP avançado. Os pacientes receberam automassagem, exercícios faciais, alongamento da hemiface preservada, terapia do espelho, facilitação neuromuscular proprioceptiva e estimulação com gelo. Outro estudo abordou a síndrome do cordão axilar após cirurgia axilar devido a CPM. Essa síndrome apresenta-se como um cordão subcutâneo, palpável, avermelhado e dolorido com presença de febre e eritema. Os pacientes acometidos receberam como tratamento massagem, drenagem linfática, mobilização e liberação miofascial. CONCLUSÃO: O CP é cada vez mais incidente e por isso é necessário que os profissionais de saúde estejam aptos para prestarem assistência terapêutica especializada, idealmente de baixo custo. Contudo, atualmente a literatura disponível acerca da abordagem da atuação fisioterapêutica na equipe multidisciplinar envolvida no cuidado do paciente oncológico em especial relacionado ao CP  é escassa, evidenciando a necessidade de mais estudos.

• Palavras-chave
• Fisioterapia, Modalidades de Fisioterapia, Neoplasias Cutâneas.
• Área Temática
• Oncologia

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