Óbitos Por Neoplasia Maligna De Pele Durante Internação No Nordeste Brasileiro Em Uma Década: Aspectos Epidemiológicos E Demográficos.

Óbitos Por Neoplasia Maligna De Pele Durante Internação No Nordeste Brasileiro Em Uma Década: Aspectos Epidemiológicos E Demográficos.

• Autor
• Sthylla da Conceição Antão
• Co-autores
• Zion Carvalho da Silva , Amanda Vanessa Bandeira de Araújo Cavalcanti , Gabriel José Torres da Silva , Maykon Wanderley Leite Alves da Silva , Klaysa Moreira Ramos
• Resumo

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  Introdução: O câncer de pele é a neoplasia de maior incidência no Brasil, apresentando evolução benigna na maioria dos casos, enquanto uma minoria, do tipo morfológico melanoma, é invasiva e de alta letalidade. Seu desenvolvimento pode ser influenciado por fatores como cor da pele, exposição solar, histórico familiar e faixa etária. Assim, o estudo das variáveis envolvendo mortalidade hospitalar desse câncer é essencial para o direcionamento de políticas de saúde coletivas. Objeto: Analisar o perfil epidemiológico de pacientes internados da região Nordeste e que foram a óbito por neoplasia maligna de pele entre 2009 e 2018. Metodologia: Consiste em um estudo observacional, retrospectivo, de cunho quantitativo, com análise do período de janeiro de 2009 a dezembro de 2018 dos dados sociodemográficos e epidemiológicos do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde. Foi aplicada estatística descritiva e análise das frequências relativa e absoluta a casos de pessoas internadas que foram a óbito por neoplasia maligna de pele no Nordeste; foram utilizadas as variáveis: número de óbitos, faixa etária, gênero, cor/raça, local da ocorrência. Resultados: No período analisado foram registrados 4.558 óbitos no Brasil, destes 47,27% (n=2.155) foram registrados na região Sudeste e 13,42% (n=612), na região Nordeste. Importante salientar que, conforme dados do IBGE, a região Sudeste conta com 42,03% da densidade populacional do Brasil em face dos 27,09% da região Nordeste com um total de 211.755.692 brasileiros. Destaca-se, dentre os estados do Nordeste, o de Pernambuco com 27,45% (n=168). Quanto à faixa etária, o intervalo de 50 a 79 anos corresponde a 58% (n=355) do total de óbitos no Nordeste, tendo Pernambuco o maior percentual (27,88%) e Sergipe com o menor (3,09%). Em relação ao gênero, há uma proeminência de óbitos decorrentes dessa doença no gênero masculino com aproximadamente 58,17% (n= 356). Em relação a cor/raça, o Nordeste apresenta um desvio em relação ao restante das regiões, onde predominam casos de óbito de pessoas brancas; o Nordeste, na contramão desses dados, tem maior incidência de óbito de pessoas pardas, correspondendo a 54,57% (n=334), enquanto que a cor/raça branca possui, aproximadamente, 14,37% (n= 88). Destaca-se que, segundo dados do IBGE, Pernambuco ocupa o segundo lugar no Nordeste em relação ao número de habitantes; porém, em todas as variáveis apresentadas, este estado figura sempre como o primeiro colocado. Além disso, uma revisão integrativa acerca das neoplasias malignas de pele evidenciou a importância da prevenção primária à doença, como uso de filtros solares, como medida eficaz na redução da morbimortalidade dos casos que, em geral, se desenvolvem tardiamente. Conclusão: Durante o período analisado, registraram-se 612 óbitos no Nordeste, com destaque para a análise individual das variáveis estudadas mostrando maior prevalência da doença em Pernambuco, em pessoas entre 50 e 79, de cor parda, e gênero masculino. Tais estatísticas reforçam a relevância do câncer de pele e a necessidade de reforço das medidas de prevenção primária.

   

• Palavras-chave
• Mortalidade; Neoplasias Cutâneas; Epidemiologia
• Área Temática
• Oncologia

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