Introdução: As doenças linfoproliferativas malignas constituem um heterogêneo grupo que acomete o tecido linfoide, e são decorrentes da proliferação e acúmulo de linfócitos anormais em diversos estágios de diferenciação. Entre os cânceres, a leucemia é o 9º mais comum em homens e o 11º em mulheres no Brasil. Quando classificadas de acordo com o tipo de leucócitos que afetam, são divididas em dois grandes grupos: leucemias linfoblásticas (LL) e leucemias mieloblásticas (LM). As leucemias linfoides e mieloides podem ser segmentadas em crônicas e agudas. Na leucemia linfoide aguda (LLA), observa-se a existência de grande número de linfoblastos no sangue periférico e na medula óssea, enquanto na leucemia linfoide crônica (LLC) verifica-se a multiplicação e acúmulo de linfócitos atípicos maduros. Há presença de um gene híbrido (gene BCR-ABL) em casos de leucemia mieloide crônica (LMC), ao passo que a leucemia mieloide aguda (LMA) é resultado de inúmeras alterações genéticas que se relacionam de forma acumulativa. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico das leucemias em Sergipe entre 2004 e 2014. Método: Realizou-se um estudo transversal descritivo a partir de dados de números de casos de LLA, LLC, LMA e LMC em Sergipe entre 2004 e 2014. Os dados foram obtidos segundo faixa etária, sexo, raça/cor e meio diagnóstico através do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP). Resultados: No período de 2004 a 2014, registraram-se 60 casos de LLA, 30 de LLC, 69 de LMA e 42 de LMC. Dentre os casos de LLA, a maioria concentrou-se na faixa etária entre 00 e 24 anos (44, 73,33%), 35 (58,33%) foram masculinos e houve 21 (35,00%) casos na população branca e 21 (35,00%) casos sem informação racial. No que diz respeito à LLC, 17 (56,67%) casos acometeram a faixa etária entre 60 e 74 anos, 19 (63,33%) foram homens e 12 (40%) eram pardos, enquanto 8 (26,67%) casos estavam sem informação racial. Já na LMA, os casos concentraram-se na faixa etária entre 50 e 69 anos (23; 33,33%) e houve significativa quantia em outra faixa, a de 10-19 ano, com 10 (14,49%) casos. Ademais, na LMA, 36 (52,17%) casos foram masculinos, 33 (47,83%) femininos e 24 (34,78%) casos ocorreram na população parda, enquanto 22 (31,88%) ficaram sem informação racial. Os casos de LMC convergiram para a faixa etária entre 60 e 69 anos (9; 21,43%), 25 (59,52%) foram masculinos e metade dos casos (21) não continha informação racial. Apenas 9 (4,48%) casos dentre todas as leucemias foram de SDO (somente por declaração de óbito), aquelas neoplasias para os quais não se pode obter nenhuma outra informação a mais, além da declaração de óbito com menção de câncer; LLC e LMA tiveram a maioria de seus casos diagnosticados por meio de histologia, 66,67% e 56,52%, respectivamente. Conclusões: O estudo mostrou que as informações sobre raça e cor da pele não são relatadas na maioria dos casos de leucemia, e que mais da metade dos casos sergipanos acometeram homens.
O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia da Liga Acadêmica de Oncologia e Hematologia (LAOH) é uma iniciativa de seus membros em parceria com docentes e colaboradores a fim de promover a realização de um evento acadêmico científico de relevância que contribua para fortalecer os tripés ensino-pesquisa-extensão.
O objetivo central deste evento, além de complementar a formação e aprendizado dos participantes, é contribuir para a disseminação e fortalecimento do âmbito da Oncologia e Hematologia por meio de atividades científicas com contribuições para a realidade local. Além disso, tem o intuito solidário de doação à instituições que lutam contra o câncer.
O I Congresso Acadêmico Beneficente de Oncologia e Hematologia foi um evento sem fins lucrativos, visto que todo o dinheiro arrecado foi destinado à doações para as seguintes instituições: Hospital Araújo Jorge e a Casa de Apoio São Luiz.
Realizado entre os dias 28 e 29 de setembro de 2020 na modalidade virtual em função da pandemia pelo novo coronavírus, o congresso contou com a presença de profissionais e pesquisadores renomados de todo o Brasil que contribuíram demasiadamente através das palestras, troca de experiências e orientações científicas aos participantes.
Comissão Organizadora
Camila de Assunção Martins
Paula Pacheco Katopodis
ABLAM Nacional
Bárbara de Magalhães Souza Gomes
Joaquim Ferreira Fernandes
Mariana da Silveira Castro
Mariana de Oliveira Andrade
Wanessa Medeiros Pimenta
Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
Comissão Científica
Coordenador Docente: Antonio Márcio Teodoro Cordeiro Silva
Ana Carolina de Castro Mendonça Queiroz
Ana Karolina Lopes
Ana Lúcia Teixeira de Carvalho Zampieri
Andressa Santana Santos
Antônio da Silva Menezes Júnior
Aroldo Vieira de Moraes Filho
Carla Danielle Dias Costa
Clayson Moura Gomes
Cláudio Quintino de Lima Junior
Cristiene Costa Carneiro
Daiane de Oliveira Cunha
Daniel Rodrigues de Bastos
Edna Joana Claudio Manrique
Elisângela Gomes da Silva
Fernanda de Oliveira Feitosa de Castro
Flávio Monteiro Ayres
Frank Sousa Castro
Fábio Silvestre Ataides
Gésner José de Almeida Filho
Hermínio Mauricio da Rocha Sobrinho
Isabel Cristina Carvalho Medeiros Francescantonio
Isabela Cinquini Junqueira
Jacqueline Andréia Bernardes Leão-Cordeiro
Jalsi Tacon Arruda
Laiza Alencar Santos Barros
Larisse Silva Dalla Libera
Leonardo Luiz Borges
Lorenna Rocha Lobo e Silva Mamede
Lucas Luiz de Lima Silva
Marco Aurélio Cândido de Melo
Marcos Vinícius Milki
Marcus Vinícius Paiva de Olveira
Nathália Amaral Nogueira
Poliana Peres Ghazale
Pollyanna Silva
Renata de Bastos Ascenço Soares
Roseneide Aparecida Conde
Selma Rodrigues Alves Montefusco
Suzana Ferreira Alves
Sérgio Henrique Nascente Costa
Thaiza Dias dos Anjos
Vinicius Barreto da Silva
Vivianny Aparecida Queiroz Freitas
Xisto Sena Passos